Grécia. Abstenção acima do esperado aumenta incerteza

Grécia. Abstenção acima do esperado aumenta incerteza


A cerca de uma hora do fecho das urnas, as legislativas gregas de hoje deverão ficar para a história como as menos concorridas desde a II Guerra Mundial


A cerca de uma hora do fecho das urnas e da divulgação das primeiras sondagens, a baixa participação dos eleitores gregos é facto que merece maior destaque. As urnas abriram às 7h da manhã, hora de Atenas (04h em Lisboa) registando desde então uma baixa afluência de eleitores.

Com as sondagens realizadas durante a campanha eleitoral a apontar para uma luta renhida entre Syriza e Nova Democracia assim como um elevada percentagem de eleitores sem sentido de voto decidido (15-20% de indecisos, antecipavam os inquéritos), a baixa participação dos gregos na votação está a criar uma incerteza ainda maior relativamente ao resultado.

Ao longo do dia, todos os líderes partidários têm feito apelos ao voto que, todavia, não tiveram o efeito desejado.

Alexis Tsipras e Evangelos Meimarakis, líderes do Syriza e Nova Democracia, votaram logo pela manhã. O ex-primeiro-ministro pediu aos gregos que lhe renovem o mandato "para continuar com a mesma postura decidida, a mesma vontade de batalhar pela defesa dos direitos dos gregos, não apenas na Europa mas internamente também".

Já Meimarakis realçou que o dia das eleições é "um dia em que os políticos não falam, só os cidadãos. E penso que os cidadãos querem afastar o cinzentismo, as mentiras, a miséria… e com o seu voto trazer alguma verdade e autenticidade, para que tenhamos um melhor amanhã".