Este Verão não foi tão perigoso com os anteriores. Pelo menos a avaliar pelos dados do balanço da operação Verão Seguro, que a PSP apresenta hoje: a criminalidade geral denunciada – número de crimes participados nas esquadras – caiu quase 10%. Ainda assim, as detenções de suspeitos foram, este ano, em maior número, com a polícia a deter duas pessoas por hora.
Entre 15 de Junho e 15 de Setembro foram denunciados menos cerca de quatro mil crimes que no mesmo período do ano passado. E só um tipo de delito subiu durante os meses quentes do ano: os furtos por carteiristas, que aumentaram 6%. “Todos os outros caíram, especialmente os furtos em residências e em veículos”, contou ao i fonte da polícia.
Durante os meses de Verão, a polícia fez 3871 detenções. Um terço (1332) dos detidos conduziam alcoolizados, 469 são suspeitos de tráfico de droga e 313 terão cometido furtos ou roubos, revelam as estatísticas.
Nos últimos três meses, mostram ainda os resultados globais da operação Verão Seguro, foram vigiadas mais de quatro mil casas – ao abrigo do programa especial em que agentes da polícia vigiam residências gratuitamente quando os donos vão de férias – sem que se tenha registado qualquer assalto, garante a PSP. Outro dos programas no terreno, o “Estou aqui” – que previne que os pais percam crianças através do uso de pulseiras –, abrangeu este ano mais de 50 mil menores.
No que diz respeito à sinistralidade nas estradas, a PSP registou um aumento no número de acidentes e de feridos leves, mas verificaram-se menos quatro vítimas mortais que no Verão do ano passado. No total, a polícia apanhou 48 467 condutores a circularem alcoolizados, 17 131 em excesso de velocidade e 2238 a falar ao telemóvel.
Ainda no âmbito da operação Verão Seguro de 2015, a PSP apreendeu 1100 armas (119 eram de fogo), 310 mil doses de várias drogas no valor de meio milhão de euros, 545 viaturas e 52 quilos de explosivos. E 800 estabelecimentos comerciais foram apanhados a infringir a lei – entre incumprimentos de horários de funcionamento, falta de livros de reclamações e segurança privada ilegal.