Sp. Braga. Ganhar jogo  cem sem muitas preocupações

Sp. Braga. Ganhar jogo cem sem muitas preocupações


Encontro não foi brilhante mas minhotos tiveram exibição segura e podiam ter vantagem mais tranquila. Triunfo abre boas perspectivas para a fase de grupos.


O jogo 100 nas competições europeias foi assinalado da melhor maneira pelos bracarenses. Num jogo difícil, um golo de Rafa Silva aos 60 minutos garantiu os três pontos à equipa de Paulo Fonseca e abriu excelentes perspectivas na fase de grupos. Slovan Liberec e Sp. Braga entraram em campo e pareceram equipas gémeas. O colete apertado controlava qualquer movimento que tentassem fazer, e por cada força exercida havia uma oposta à mesma medida. A falta de velocidade impedia qualquer desequilíbrio e a criatividade era algo que não lhes assistia. Havia espaço para trocar a bola, com muita confiança até, mas apenas antes das zonas de pressão. Quando o objectivo era avançar no terreno, a defesa sobrepunha-se ao ataque e reiniciava o processo do encontro.

As nuances tácticas permitiram muito poucas oportunidades de perigo e a equipa de Paulo Fonseca só conseguiu mexer com o jogo com as investidas dos laterais. Já que Crislan, Rui Fonte, Alan e Rafa Silva estavam submersos, Djavan e Baiano assumiram a responsabilidade de mexer com o encontro. Em velocidade, deram a profundidade ofensiva de que o jogo precisava. Primeiro, Djavan tabelou na esquerda com Rafa e teve o primeiro remate de perigo (ganhou canto); depois foi Baiano a fazer uma diagonal interior e a explorar as costas da defesa para que Rui Fonte testasse Koubek. Pouco depois, a dupla voltou a funcionar, só que desta vez o avançado cedido pelo Benfica atirou para fora do estádio.

O Slovan Liberec demorou mais tempo a reagir, mas Matheus também brilhou na primeira parte, quando voou para a sua direita para evitar o golo de Sural aos 37 minutos, na única jogada com cabeça, tronco e membros da equipa checa na primeira metade. De resto, apenas em cantos conseguiram provocar algumas dificuldades à defesa minhota.
A segunda parte começou por trazer mais do mesmo, com Djavan a aproveitar uma recuperação de bola para imprimir uma das suas arrancadas, que são imagem de marca no campeonato português. O problema?Quando soltou a bola para Rafa Silva, já este estava fora-de-jogo. 

O nulo foi quebrado aos 60 minutos. Aproveitando o facto de o Slovan Liberec começar a vacilar tacticamente, Alan recuperou a bola e lançou RuiFonte na direita, que assistiu Rafa ao segundo poste. O marcador directo, Coufal, estava a dormir e assistiu da primeira fila ao golo bracarense. A partir daí, tudo ficou mais fácil. Paulo Fonseca mudou as características da equipa e apostou em Wilson Eduardo no lugar de Crislan, antevendo desequilíbrios na transição rápida. Foi precisamente num lance desses que, aos 79 minutos, o ex-jogador do Sporting assistiu Rafa. O extremo esteve perto do bis mas, depois de contornar Koubek, atirou à malha lateral. 

O Slovan Liberec tentou tudo até ao final do encontro, mas com mais coração do que razão. Só aos 67 minutos, num remate de Bartosak, ameaçou verdadeiramente.