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Encare este texto como um manifesto de um cidadão que cumpre um dever de consciência.
Menos de três semanas. É o que falta para os portugueses elegerem um novo governo. Há quatro anos, o país estava na bancarrota. Cofres vazios, sem dinheiro para pagar salários e pensões, com o SNS em risco e o Estado em colapso. Hoje a economia cresce, o emprego aumenta, as exportações aceleram, as finanças públicas entraram nos eixos.
A escolha à nossa frente é simples: ou as pessoas confiam em quem nos tirou da crise e voltou a garantir um futuro com esperança, ou premeiam os infratores que nos deixaram na bancarrota e que tudo fizeram para que nela ficássemos, escondendo mal o desejo de um segundo resgate, de um programa cautelar ou de uma espiral recessiva. Sempre que Portugal alcançou um resultado positivo, ouviu-se a ira de socialistas e comunistas.
Confiança ou risco. Futuro ou passado. Passos Coelho ou socialistas e comunistas. A escolha é esta. E leva-nos à mais relevante das questões: quem dá garantias de uma boa governação? Mais do que partidos, vamos escolher indivíduos. Passos tem tudo o que é preciso para ser primeiro-ministro.
Reconheçamos com humildade que ao longo da legislatura, “tempos do diabo” para governados e governantes como uma vez confessou o PM, o governo não fez tudo bem. Talvez ninguém fosse capaz dessa perfeição na turbulência.
As políticas foram importantes mas foi no plano dos valores que se vincou a diferença. Este foi um governo de valores. Passos, como chefe do Executivo, resistiu às adversidades. Em situações de crise sobressaíram o seu sentido de Estado, a sua coragem, integridade e verticalidade. Imune aos ciclos eleitorais, às sondagens e aos interesses dos ditos senadores dos partidos da coligação, Passos manteve o rumo e a firmeza nas convicções.
Não houve falinhas mansas a disfarçar as dificuldades, nem promessas desonestas de felicidade instantânea. Portugal enfrentou os problemas de frente, e de cabeça levantada os venceu. Houve realismo na adversidade, humanismo nas políticas e transparência na comunicação. Este governo respeitou a inteligência do eleitorado. Sem dissimulações e sem fingimento.
Olhando o passado recente, isso é um ganho importante para a nossa prática democrática. Num país habituado à política com ‘p’ pequeno, e mesmo perante adversidades que justificariam qualquer desculpa, Passos foi Político (com ‘P’ grande) e afirmou-se como um grande estadista.
E se Passos é diferente nos valores, também o é na competência. Hoje os socialistas estão em negação. Mas toda a gente sabe quem foi número dois do governo socialista e quem era o número dois do partido quando o PS chamou a troika em 2011. Aliás, se há um padrão na política portuguesa é que todos os primeiros-ministros socialistas chamaram o FMI – com exceção de Guterres, e mesmo esse o melhor que conseguiu foi deixar o país no “pântano”. Bancarrota ou pântano.
É esta a natureza da governação socialista que tanto tem fustigado as pessoas. Quando o atual líder do PS invoca dois antigos chefes de governo rosa, ele está balizado pela bancarrota e pelo pântano. É alternativa da ‘pantarrota’. O PS sofre de desgoverno crónico. Pior: falhanço após falhanço, com o maior descaramento, continua a atirar à cara dos eleitores propostas que não são mais do que um cartão de boas vindas para a troika. Com tal descaramento que até viram na vitória do Syriza uma “janela de esperança” para Portugal.
Com a liderança de Passos Coelho, demos a volta. Mês após mês, entidades independentes mostraram o emprego a aumentar, as exportações a crescer, a confiança a recuperar. Dados reconhecidos por todos, exceto pela oposição radical.
Por mais desiludidos que os eleitores estejam, pense-se no seguinte: ao contrário do passado, este esforço deu resultados. Não foi em vão. Voltámos a pôr de pé uma nação com quase nove séculos. Há problemas? Claro. Mas quem é que está melhor colocado para os resolver: os que têm como currículo deixar o país na penúria, ou Passos Coelho que nos tirou dela? A resposta é tão clara como a escolha que temos em mãos.
Por tudo o que já fez em tempos de anormal e brutal dificuldade e, sobretudo, por tudo o que se propõe ainda fazer, como cidadão registo um obrigado a Pedro Passos Coelho.
Escreve à quarta-feira