O programa apresentado por Fátima Campos Ferreira na RTP 1 tinha começado com polémica ainda antes de ir para o ar. Com a suspeição do PS sobre a frase escolhida para lançar o debate, do qual várias personalidades socialistas se insurgiram e acusaram de "tendencioso", pedindo a demissão da direcção da televisão pública.
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"Alguém acredita que se o Partido Socialista estivesse no governo haveria um primeiro-ministro sob investigação?”. A pergunta foi feita por Paulo Rangel, na Universidade de Verão do PSD, e serviu de lançamento do programa Prós e Contra desta segunda-feira.
Mas não seria essa a única polémica do debate na RTP. Mas sim a troca de palavras entre Miguel Sousa Tavares e o director do Correio da Manhã, Octávio Ribeiro.
“Aquilo a que pomposamente o Octávio [Ribeiro] chamou de investigação jornalística do [CM] limita-se a receber as informações das fontes”, atirou Sousa Tavares, num painel composto Octávio Ribeiro, director do CM, Nuno Garoupa, economista, o juiz Rui Rangel, o advogado Magalhães e Silva e o jurista Pedro Garcia Marques.
A resposta de Octávio Ribeiro não foi mais suave. “Se tu nunca fizeste jornalismo de investigação isso é um problema teu, se quiseres visitar o CM eu mostro-te como se faz“, disse.
O director do CM acusou ainda Sousa Tavares de estar “enredado numa teia de compromissos” no caso BES, devido às “ligações familiares” com Ricardo Salgado, ao que o jornalista respondeu com "ataque à honra". Atacando o tablóide dizendo que o CM "não faz não é jornalismo, quer é vender jornais”.