A iniciativa será realizada pela Comunidade Islâmica de Lisboa, a Fundação Islâmica de Palmela e outras fundações islâmicas, como a de Odivelas, do Martim Moniz, do sul do Tejo e do Porto, e conta com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa (CML), explicou Abdul Vakil.
“Na zona de Palmela, a Fundação tem uma parceria com uma entidade local que lhes vai disponibilizar um terreno grande, onde já existem coisas construídas e outras que se vão construir mais tarde”, disse.
Abdul Vakil adiantou que a comunidade pensa poder “albergar até 250 refugiados”, mas admitiu que o número pode ser maior caso as condições o permitam.
O líder da comunidade islâmica acrescentou que a CML vai ceder um “prédio, num bairro lisboeta, onde ficará localizada toda a logística de apoio aos refugiados, como os voluntários”.
Para Abdul Vakil, os refugiados vão ser recebidos com “a bondade típica portuguesa” e com a capacidade de integrar os que vêm de fora, até porque os portugueses devem orgulhar-se em ser “bons a tratar os outros”.
A PAR conta já com cerca de 30 organizações aderentes, entre as quais a Amnistia internacional, a Cáritas Portuguesa e Comunidade Islâmica, tendo como objectivo criar condições para o alojamento, alimentação, acesso à saúde, educação e trabalho, com o apoio de autarquias ou instituições de solidariedade.
A crise de refugiados foi já considerada a maior crise desde o final da II Guerra Mundial, sendo que os dados de Agosto da Agência da ONU Para Refugiados (ACNUR) contavam já mais de 300.000, incluindo centenas de mortes em tentativas de travessia do Mediterrâneo.
Lusa