Senhora do seu nariz, Serena Williams é sempre favorita antes de cada jogo. O estatuto mede-se pelos títulos e também pela forma física. E aí, meus amigos, Serena é a campeã de tudo. No seu currículo, só em termos de Grand Slam, reúne qualquer coisa como 21 títulos (individual) e 13 (pares). Mais os ouros olímpicos em 2012 (individual) e os 2000, 2008, 2012 (pares). É uma máquina e está a ter um 2015 de sonho, com vitórias no Open da Austrália, Roland Garros e Wimbledon. Só lhe falta o US Open.
Serena elimina a irmã Venus e caminha a passos largos para a final. nas meias, encontra Roberta Vinci. A italiana está encantada por estar ali. "Nem sonhava chegar às meias-finais, quanto mais." Serena entra bem e despacha o primeiro jogo (6-2). O objectivo é despachar a rival do outro lado da rede o mais rápido possível para preparar a final com Flavia Pennetta. É verdade, a 26.ª cabeça de série ganha à romena Halep por 2-0 e marca lugar na final de amanhã. Uma final cem por cento italiana é de todo improvável. Desde o início do jogo até ao final do primeiro set, tal é o domínio de Serena.
Começa então o segundo set e Vinci dá a volta a Serena. Rouba-lhe o serviço no terceiro jogo e fecha com 6-4. Olá, tu queres ver?! Serena está ligeiramente surpreendida com a réplica. Nota-se na crescente falta de confiança no serviço e, sobretudo, na subida à rede. Vinci joga muito com amorties e Serena dá-se mal, muito mal. Quer dizer, quando a bola se aproxima dela, somos levados a pensar que Serena vai devolver com um raquetada fortíssima. Acto contínuo, bola na rede. Sem desculpa. E o erro repete-se. Uma e outra vez. Serena enerva-se. Vinci vence.
No terceiro set, a italiana quebra a norte-americana e leva a água ao seu moinho até ao fim. Serena ainda intimida com três ases seguidos para fixar o 5-4, Vinci responde com categoria (e um vólei) e ganha um lugar na final com a compatriota Pennetta. Quer uma quer outra, ambas nascidas em Fevereiro, com um ano de diferença, estreiam-se em finais de Grand Slam.