• A prevenção começa na gravidez, de preferência antes. A programação metabólica da criança, ou seja, a forma como vai processar o que ingere, começa na barriga da mãe. A diversificação alimentar na gravidez ajuda mesmo o bebé a estranhar menos alimentos, como verduras.
• A batalha ganha-se muitas vezes no primeiro ano de vida. Logo ao nascer, o aleitamento materno tem um papel protector. E quanto mais tempo de amamentação, maior a protecção.
• Caso a criança tenha um atraso de crescimento, não deve ser promovida uma recuperação muito rápida, pois pode habituar mal o organismo.
• Quando, aos seis meses, começa a diversificar-se a alimentação, os pais devem ter atenção ao excesso de proteína. Os erros mais comuns são abusar dos laticínios (como iogurtes) ou pôr muita carne na sopa. A ingestão de leite, mesmo materno, deve ser incluída nas contas dos laticínios.
• A partir dos 12 meses, quando o médico diz que “pode comer tudo”, não quer dizer que deve fazer a alimentação de adulto. Muitas vezes encara-se isso como se já não fossem precisas restrições, em vez de pensar que se deve ter uma alimentação saudável e diversificada em família.
• A partir dos 12 meses, a criança não deve ingerir mais de 500ml de leite e derivados por dia. O leitinho antes de dormir, na maioria das vezes, já é um excesso.
• Exercício físico e actividade ao ar livre são vitais.
• Não há idade para começar a comer doces. Devem surgir apenas em ocasiões especiais.
*Pediatra no Hospital Pediátrico de Coimbra
