O renascimento alemão


Em 1699, com a assinatura do tratado de Karlowitz, os Otomanos entregaram grande parte da Hungria ao Sacro Império Romano-Germânico. Se tivesse acontecido com Portugal, perceberíamos melhor a reacção dos húngaros à chegada dos refugiados sírios. A Alemanha, viveu no século XX, dois dos maiores horrores da humanidade: o nazismo e o comunismo. Conhece na…


Em 1699, com a assinatura do tratado de Karlowitz, os Otomanos entregaram grande parte da Hungria ao Sacro Império Romano-Germânico. Se tivesse acontecido com Portugal, perceberíamos melhor a reacção dos húngaros à chegada dos refugiados sírios.

A Alemanha, viveu no século XX, dois dos maiores horrores da humanidade: o nazismo e o comunismo. Conhece na pele a guerra, a destruição, a separação e a miséria. Aqueles alemães que aplaudem a chegada dos refugiados a Munique, que os vão buscar de carro para os levar para a Alemanha, mostram-nos que o tempo não fez esquecer as feridas.

A Alemanha tornou-se numa potência europeia durante o século XIX. O motor desta transformação não foi Bismarck, mas a evolução demográfica que tornou a Alemanha num país mais populoso que a França, ultrapassando este país em força e influência. Um dos maiores desafios que a Alemanha atravessa neste início de século XXI é precisamente a queda demográfica: não se alterando a tendência, a França ultrapassará a Alemanha no final deste século.

A chegada dos refugiados à Alemanha é uma lufada de ar fresco. Traz-lhe pessoas dispostas a trabalhar e a integrar-se. O que está a suceder é uma revolução: a Alemanha estanca a quebra da sua população e diversifica-se abrindo-se a outras culturas que integra. Angela Merkel, a única política europeia com visão, percebeu isto e aceita-o de bom grado. Compreender este fenómeno, interpretá-lo com base no que a história nos conta, é ir além dos julgamentos sumários tão característicos nestas alturas.

Advogado. 
Escreve à quinta-feira 

O renascimento alemão


Em 1699, com a assinatura do tratado de Karlowitz, os Otomanos entregaram grande parte da Hungria ao Sacro Império Romano-Germânico. Se tivesse acontecido com Portugal, perceberíamos melhor a reacção dos húngaros à chegada dos refugiados sírios. A Alemanha, viveu no século XX, dois dos maiores horrores da humanidade: o nazismo e o comunismo. Conhece na…


Em 1699, com a assinatura do tratado de Karlowitz, os Otomanos entregaram grande parte da Hungria ao Sacro Império Romano-Germânico. Se tivesse acontecido com Portugal, perceberíamos melhor a reacção dos húngaros à chegada dos refugiados sírios.

A Alemanha, viveu no século XX, dois dos maiores horrores da humanidade: o nazismo e o comunismo. Conhece na pele a guerra, a destruição, a separação e a miséria. Aqueles alemães que aplaudem a chegada dos refugiados a Munique, que os vão buscar de carro para os levar para a Alemanha, mostram-nos que o tempo não fez esquecer as feridas.

A Alemanha tornou-se numa potência europeia durante o século XIX. O motor desta transformação não foi Bismarck, mas a evolução demográfica que tornou a Alemanha num país mais populoso que a França, ultrapassando este país em força e influência. Um dos maiores desafios que a Alemanha atravessa neste início de século XXI é precisamente a queda demográfica: não se alterando a tendência, a França ultrapassará a Alemanha no final deste século.

A chegada dos refugiados à Alemanha é uma lufada de ar fresco. Traz-lhe pessoas dispostas a trabalhar e a integrar-se. O que está a suceder é uma revolução: a Alemanha estanca a quebra da sua população e diversifica-se abrindo-se a outras culturas que integra. Angela Merkel, a única política europeia com visão, percebeu isto e aceita-o de bom grado. Compreender este fenómeno, interpretá-lo com base no que a história nos conta, é ir além dos julgamentos sumários tão característicos nestas alturas.

Advogado. 
Escreve à quinta-feira