Cinquenta minutos depois da partida do Parque das Nações, Lisboa, a caravana de táxis em protesto contra o transporte de passageiros pela empresa que utiliza a aplicação Uber chegou ao aeroporto onde se juntaram cerca de 400 profissionais.
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A agência Lusa está a acompanhar o protesto e fez em 50 minutos um trajecto – entre o parque das nações e o aeroporto – que normalmente leva cinco e dez minutos a ser feito.
Segundo a organização do protesto, a cauda da manifestação encontrava-se pelas 10:00 na Avenida Alfredo Bem saúde, mais conhecida por Ralis. Do aeroporto de Lisboa, os taxistas vão para o Instituto da Mobilidade e Transportes (IMT), que, segundo alguns taxistas, é um dos organismos responsáveis pela actual situação.
O Serviço Rádio Táxis parou os serviços hoje em solidariedade com o protesto.
Os taxistas estão a fazer hoje um protesto no Porto, em Lisboa e em Faro, com a realização de marchas lentas contra o transporte de passageiros por condutores ligados à empresa que utiliza a aplicação electrónica Uber.
“A razão do protesto visa alertar para os efeitos da violação da lei, do não-acatamento de decisões judiciais, constituindo neste caso crime”, e protestar contra a “tolerância dos decisores” e a “inacção dos fiscalizadores, no uso das competências e obrigações a que estão vinculados”, explicou, em comunicado, a Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL).
Os taxistas pretendem entregar um dossiê explicativo das suas razões ao presidente do Instituto da Mobilidade Terrestre e à ministra da Justiça, em Lisboa.
Numa nota, a PSP informa que existirão elementos policiais a proceder ao desvio do trânsito devido aos previstos condicionamentos da circulação rodoviária e aconselha os cidadãos a utilizarem preferencialmente os transportes públicos para deslocações na cidade de Lisboa.
O Tribunal Central de Lisboa aceitou a 28 de Abril deste ano uma providência cautelar interposta pela ANTRAL, e proibiu os serviços da aplicação de transportes Uber em Portugal, decisão que foi confirmada pelo mesmo tribunal em Junho.
A ANTRAL acusa a Uber de “continuar a trabalhar da mesma forma” que trabalhava antes da decisão do tribunal.
Lusa