Há quem seja obsessivo-compulsivo e o faça exageradamente, mas também há quem seja desleixado e fique mais de um mês sem repor roupa lavada. Especialistas em alergias e bactérias falam sobre o assunto.
No que respeita aos lençóis, estes devem ser trocados, pelo menos, uma vez por semana. O motivo é simples – manter a roupa da cama por muito tempo leva a que se acumulem ácaros que podem prejudicar quem seja mais sensível a esse tipo de alergia. Ao jornal brasileiro Estadão, o presidente da associação de alergia e imunologia no país, José Perini, explica que “ninguém fica doente porque respira poeira uma vez ou outra, mas quem não é alérgico pode desenvolver o problema. Quem já é alérgico pode ter crises de asma, rinite ou sinusite”. Trocar com frequência os lençóis ajuda também a preservar o colchão e as almofadas, ainda que seja impossível evitar uma parcela da poeira e de microorganismos do suor. Utilizar resguardos é também uma boa opção.
As toalhas, tanto as de mãos e rosto como as de banho, devem ser estendidas em locais arejados depois de usadas e também precisam de ser lavadas semanalmente. “É importante que a toalha não fique molhada. Se ficar, há proliferação de fungos e bactérias”, alerta, ao mesmo jornal, Carla Taddei da Sociedade Brasileira de Microbiologia. Em ambientes secos, as bactérias não sobrevivem mais de dois dias. A mesma lógica serve para quando se lava roupa íntima – para matar as bactérias é necessário lavar a roupa com água quente e secá-la ao sol, prevenindo assim possíveis infecções.
Tapetes, carpetes e alcatifas são algo problemático para quem tem propensão a ter ataques alérgicos, pela facilidade que têm em acumular pó. As alcatifas são de evitar por completo, porque nem a aspirar frequentemente se consegue evitar o acumular de pó. Já as carpetes podem ser sacudidas uma vez por semana e lavadas a cada três ou seis meses. Enquanto os tapetes devem ser lavados a cada 15 dias e sacudidos diariamente.
Ainda assim, Perini ressalva que estes hábitos podem ser diferentes tendo em conta a zona onde moramos. Casas em ambientes perto do mar ou de rios exigem menos preocupação que casa em centros urbanos (devido à poluição) ou mesmo no campo (devido aos pólenes).
O mesmo especialista deixa claro que fazer limpezas diárias nas casas é necessário, mas que esterilizar o ambiente não é necessário, pois as bactérias vão sempre existir. Além de que elas não são necessariamente prejudiciais.