A montanha pariu um rato. A subida de primeira categoria e a de categoria especial nos últimos quilómetros da etapa 16 prometiam grandes movimentações e ataques mas os favoritos fizeram questão de se manterem numa marcação cerrada, escapando ao risco com medo de o castigo ser maior do que a recompensa.
A Astana liderou o grupo durante praticamente toda a última subida mas o líder da Vuelta, Fabio Aru, optou por pedalar na cauda do grupo, tentando perceber como estavam os adversários directos. Só dentro dos dois últimos quilómetros, como já tinha acontecido ontem, começou a haver movimentações. Tom Dumoulin descolou e Purito Rodríguez foi à procura de recuperar o segundo que tinha de atraso para Fabio Aru.
O italiano reagiu e foi atrás do espanhol mas os dois segundos perdidos na meta fazem com que a geral se tenha invertido: agora é Purito quem tem um segundo de vantagem sobre Aru. Dumoulin perdeu 27 segundos mas mantém-se com uma expectativa positiva de poder fazer a diferença no contra-relógio: é quarto classificado a 1'51'' do líder.
A etapa foi ganha pelo veterano Franck Shleck. O luxemburguês fez parte de uma fuga de dez ciclistas que chegou a ter mais de vinte minutos de avanço e cruzou a meta com 1'10'' de avanço sobre o colombiano Rodolfo Torres.
André Cardoso foi o melhor português da etapa e concluiu a tirada no 22.º posto, ao lado de Alejandro Valverde, a 10'25'' do vencedor.
