O racismo chegou em força à Europa dos bons costumes


Depois do espectáculo vergonhoso dado por alguns líderes europeus, só cá faltava António Costa mandar os refugiados sírios para as florestas.


A vergonha é tanta que a União Europeia se prepara para aumentar para 120 mil o número de refugiados que vão poder viver longe da miséria e da morte. É evidente que este número é ínfimo em relação ao enorme fluxo de pessoas que todos os dias chegam, por terra e por mar, à Europa prometida. Valha-nos a Alemanha, que só por si irá acolher perto de um milhão de pessoas, com a grande maioria da população a receber de braços abertos quem andou milhares de quilómetros para salvar a vida e ter uma segunda oportunidade neste mundo virado do avesso. Ainda ontem, cidadãos alemães organizaram caravanas automóveis que foram buscar refugiados à Hungria.

O país da chanceler Merkel, fustigado por tudo o que era esquerda nos anos da crise, está a dar uma enorme lição à Europa e ao mundo. Agora, os imbecis que andaram a berrar contra a austeridade imposta aos países à beira da bancarrota e espumavam de raiva com a boa saúde da economia alemã andam calados como ratos perante a gigantesca operação de acolhimento dos refugiados organizada por Berlim. É bom que estejam calados, muito caladinhos. Tão caladinhos que só sussurram umas palavras inaudíveis para, quem sabe, criticar quem na República Checa recusa acolher os refugiados sírios pela simples razão de serem muçulmanos. Tão envergonhados que nem gritam, indignados, quando as autoridades checas e húngaras marcam os refugiados à boa maneira nazi. Tão amarfanhados com a grande lição alemã que nem ousam pôr em causa os xenófobos, os racistas e os neonazis que alertam para o fim da Europa com a chegada de tantos imigrantes. A vergonha é tanta na União Europeia, e na esquerda que andou anos a pregar contra a desumanidade da chanceler Merkel, que ninguém contesta o argumento da segurança lançado em desespero pelas mesmas vozes que já perderam a batalha contra os refugiados.

O perigo de centenas de terroristas do Estado Islâmico e da Al-Qaeda estarem a entrar na Europa sem qualquer controlo pode ser real. Mas aí compete aos sofisticados serviços secretos assumirem as suas responsabilidades, até porque os atentados em França, Bélgica e Dinamarca foram todos cometidos por cidadãos nascidos, criados e educados nesses desenvolvidos países europeus. Mas o racismo, aberto ou encapotado, vai continuar, com mais ou menos verniz, a manifestar-se nesta Europa decadente, sem valores e princípios, que treme como varas verdes com a chegada de refugiados. E se na República Checa, na Hungria e na Eslováquia, os racistas não escondem o que são de forma grosseira e brutal, em Portugal há quem pretenda fazer dos refugiados sírios uma espécie de cidadãos de quarta classe que importa tratar com desprezo e manter bem afastados dos outros, os cidadãos de primeira, segunda ou terceira que votam nas eleições. O senhor secretário-geral do PS não se opõe à vinda de milhares de refugiados para Portugal. Mas já encontrou uma forma de os isolar e tratar de forma brutal e desumana.

Não diz, como os checos, que é preciso separar os muçulmanos dos cristãos. Afirma simplesmente que um governo PS saído das eleições de 4 de Outubro irá mandar os refugiados limpar as florestas e mantê-los isolados nas zonas abandonadas do interior. Mais valia ter coragem e dizer pura e simplesmente que não os quer em Portugal. O racismo, dr. Costa, dá votos. Muitos votos. 

O racismo chegou em força à Europa dos bons costumes


Depois do espectáculo vergonhoso dado por alguns líderes europeus, só cá faltava António Costa mandar os refugiados sírios para as florestas.


A vergonha é tanta que a União Europeia se prepara para aumentar para 120 mil o número de refugiados que vão poder viver longe da miséria e da morte. É evidente que este número é ínfimo em relação ao enorme fluxo de pessoas que todos os dias chegam, por terra e por mar, à Europa prometida. Valha-nos a Alemanha, que só por si irá acolher perto de um milhão de pessoas, com a grande maioria da população a receber de braços abertos quem andou milhares de quilómetros para salvar a vida e ter uma segunda oportunidade neste mundo virado do avesso. Ainda ontem, cidadãos alemães organizaram caravanas automóveis que foram buscar refugiados à Hungria.

O país da chanceler Merkel, fustigado por tudo o que era esquerda nos anos da crise, está a dar uma enorme lição à Europa e ao mundo. Agora, os imbecis que andaram a berrar contra a austeridade imposta aos países à beira da bancarrota e espumavam de raiva com a boa saúde da economia alemã andam calados como ratos perante a gigantesca operação de acolhimento dos refugiados organizada por Berlim. É bom que estejam calados, muito caladinhos. Tão caladinhos que só sussurram umas palavras inaudíveis para, quem sabe, criticar quem na República Checa recusa acolher os refugiados sírios pela simples razão de serem muçulmanos. Tão envergonhados que nem gritam, indignados, quando as autoridades checas e húngaras marcam os refugiados à boa maneira nazi. Tão amarfanhados com a grande lição alemã que nem ousam pôr em causa os xenófobos, os racistas e os neonazis que alertam para o fim da Europa com a chegada de tantos imigrantes. A vergonha é tanta na União Europeia, e na esquerda que andou anos a pregar contra a desumanidade da chanceler Merkel, que ninguém contesta o argumento da segurança lançado em desespero pelas mesmas vozes que já perderam a batalha contra os refugiados.

O perigo de centenas de terroristas do Estado Islâmico e da Al-Qaeda estarem a entrar na Europa sem qualquer controlo pode ser real. Mas aí compete aos sofisticados serviços secretos assumirem as suas responsabilidades, até porque os atentados em França, Bélgica e Dinamarca foram todos cometidos por cidadãos nascidos, criados e educados nesses desenvolvidos países europeus. Mas o racismo, aberto ou encapotado, vai continuar, com mais ou menos verniz, a manifestar-se nesta Europa decadente, sem valores e princípios, que treme como varas verdes com a chegada de refugiados. E se na República Checa, na Hungria e na Eslováquia, os racistas não escondem o que são de forma grosseira e brutal, em Portugal há quem pretenda fazer dos refugiados sírios uma espécie de cidadãos de quarta classe que importa tratar com desprezo e manter bem afastados dos outros, os cidadãos de primeira, segunda ou terceira que votam nas eleições. O senhor secretário-geral do PS não se opõe à vinda de milhares de refugiados para Portugal. Mas já encontrou uma forma de os isolar e tratar de forma brutal e desumana.

Não diz, como os checos, que é preciso separar os muçulmanos dos cristãos. Afirma simplesmente que um governo PS saído das eleições de 4 de Outubro irá mandar os refugiados limpar as florestas e mantê-los isolados nas zonas abandonadas do interior. Mais valia ter coragem e dizer pura e simplesmente que não os quer em Portugal. O racismo, dr. Costa, dá votos. Muitos votos.