Os preços pagos ao produtor têm sofrido quebras no setor do leite, com uma conjuntura marcada pelo fim das quotas de produção, um regime que terminou a 31 de março – após 30 anos em vigor -, e pelo embargo da Rússia a produtos da UE.
A situação do mercado dos laticínios, que a Comissão Europeia já admitiu ser “difícil”, é o mote para uma manifestação de produtores de leite, na segunda-feira de manhã nas proximidades das instituições europeias, e na qual participa uma delegação portuguesa da Confederação Nacional da Agricultura.
Portugal, numa posição conjunta com outros Estados-membros, quer que Bruxelas aumente o preço de intervenção (compra de leite e também ajudas ao armazenamento), de modo a ajudar os produtores quando há excesso no mercado.
O valor a partir do qual pode haver uma intervenção pública para compra de leite está atualmente fixado nos 0,21 euros.
Em agosto, o comissário europeu para a Agricultura, Phil Hogan, reconheceu que os setores dos laticínios e da suinicultura enfrentam “dificuldades”, mas salientou que as medidas a adotar na segunda-feira “não podem pôr em causa a orientação para o mercado”da política agrícola comum.
Os protestos dos agricultores têm início hoje com uma marcha de tratores.