No mês passado, em Cincinnati, Roger Federer deu a conhecer pela primeira vez o seu novo ataque, o SABR, uma abreviatura para Sneak Attack by Roger, qualquer coisa como ataque sorrateiro do Roger.
Quando aterrou nos Estados Unidos, Federer ainda não tinha no seu arsenal este movimento, que consiste em avançar o máximo possível no segundo serviço do adversário, de modo a aumentar a pressão e a acabar com o ponto mais depressa.
Tudo começou num treino para o Masters de Cincinnati, com Benoit Paire, e muito cansaço à mistura. Paire estava com problema nos ouvidos, Federer sofria de jet lag, e os dois só queriam dar o treino por concluído, tal era o cansaço. O treinador de Federer, Severin Lüthi, obrigou o campeão suíço a disputar mais alguns jogos, antes de ambos os jogadores darem o treino por terminado.
Federer acedeu, mas lembrou-se de tentar apressar os pontos, pressionando o serviço de Paire com esta nova técnica. E as coisas começaram a correr bem, com Federer a conseguir uma série de pontos sem resposta, o que gerou risos por parte de todos. Não convencido, Federer voltou a usar a técnica nos treinos seguintes e, perante a eficácia demonstrada, foi o seu próprio treinador a sugerir que a utilizasse nos jogos a sério. E assim nasceu o SABR.