Atrás, Casillas continua sem sofrer golos no Dragão. E aí vão 180 minutos. Depois do Vitória de Guimarães, agora o Estoril. À frente, Aboubakar continua a facturar no Dragão. E assina o terceiro golo em em 180 minutos. Depois do bis ao Vitória, o 1-0 ao Estoril. É a história possível do insonso Porto-Estoril para a terceira jornada do campeonato.
O Porto domina sem encantar e o Estoril não sabe contrariar o longo bocejo. Aos sete minutos, Maxi abre para Brahimi e o argelino cruza atrasado para o remate certeiro de Aboubakar — na época anterior, o camaronês também marcara ao Estoril (5-0).Um golo madrugador poderia dar outro élan ao jogo. Sei lá, empurrar o Porto para uma exibição digna desse nome ou acordar o Estoril. Nem uma coisa nem outra. Os dois entristecem os adeptos e não há maneira de sair desse marasmo. A não ser…
A não ser que Lopetegui resolva entrar em acção e castigue Varela. Sim senhor, o extremo português dá uma pálida imagem do seu futebol, à base de fintas elaboradas sem sucesso e sem ajudar convenientemente o lateral-esquerdo Indi, e é substituído por André André aos 40 minutos. O treinador espanhol não perdoa a inconsistência.
Na segunda parte, mais do mesmo. Pobres adeptos. E pobre bola. Aos 64 minutos, o 2-0 final através de um livre directo de Maicon. Aquilo mais se parece com um penálti: guarda-redes para um lado, bola para o outro. É isso, Kieszek sai mal na fotografia. Daí para a frente, nada a apontar. Nem sequer um cartão amarelo a Osvaldo — o tal que vê um na Madeira sem tocar uma única vez na bola. O avançado italo-argentino entra aos 70' e não se consegue mostrar. Nem ele nem os companheiros. Um jogo fraco a todos os níveis. O Porto assume a liderança, com sete pontos, mais um que o Arouca, adversário do Paços, amanhã, às 17 horas locais (de Paços de Ferreira) (e também do resto do país, excepção feita aos Açores).