Eles, às vezes, são assim. Não dão uma para a caixa e passam despercebidos. Marque aí na agenda: sábado, 29 de Agosto de 2015 como a última jornada da liga espanhola em que Messi e Ronaldo não marcam um golo sequer para amostra. Que pobreza.
Começa o Barcelona. Em casa, com o Málaga, uma avalanche ofensiva com um total de 24 remates à baliza, 17 deles à baliza. Desses, 16 acabam nos braços do camaronês Kameni. Só lhe escapa um, o do golo do insuspeito central belga Vermaelen. É ele o herói da noite em Camp Nou por desbloquear o teimoso 0-0 aos 74 minutos. O tridente MSN (Messi Suárez Neymar) joga sempre para a frente, entre fintas, dribles e outros que tais, mas não acerta o passo.
Acaba aí, começa em Madrid. Atenção, são 21h30 em Portugal Continental, 22h30 em Espanha. Ou seja, o Real-Betis acabará à meia-noite-e-pouco de domingo. Acabará no sentido mais lato do termo porque o colombiano James acaba com a resistência bética bem cedo com uma assistência aos 2' (Bale, de cabeça, 1-0) e um golo de livre directo aos 38'. Então e Ronaldo? É ele quem sofre a falta de Molinero, admoestado com o amarelo, mas James está com a bola toda. E, de facto, ela entra na baliza como que teleguiada.
Se o 2-0 é belo, então o 4-0… Todo no ar, meia chilena. Senhoras e senhores, apresentamos-lhe James Rodríguez. Um fenómeno. O Bernabéu aplaude vigorosamente, claro. Pelo meio, o francês Benzema faz o seu, de cabeça. Falta mais alguma coisa? Uyyyy, sim, sim. Pouco depois do 4-0, há penálti na área do Real Madrid e Rúben Castro não ilude o guarda-redes costa-riquenho Keylor Navas. No penúltimo minuto, o ex-portista Casemiro dá para Bale e o galês nem pensa duas vezes com uma diagonal seguida de um remate portentoso. Mão cheia, 5-0. Aí está um resultado dilatado, à imagem do treinador Rafael Benítez, em estreia no Bernabéu.