O Benfica parte para a terceira jornada do campeonato com um senão: é o único dos grandes já com uma derrota. A da semana anterior, com o Arouca, em Aveiro (1-0). O bicampeão nacional enche-se de brio e quer dar uma resposta imediata aos adeptos na recepção ao Moreirense.
Rui Vitória aposta em Júlio César; Nélson Semedo, Luisão, Lisandro e Eliseu; Samaris; Victor Andrade (novidade no onze), Pizzi e Gaitán; Jonas e Mitroglou. O jogo começa amarrado, sem emoção. Até ao golo do Moreirense, apontado aos 36', por Rafael Martins, o Benfica não incomodara o guarda-redes Stefanovic. E só o faz uma única vez até ao intervalo, por Pizzi, nos descontos. Insatisfeito, o público assobia a equipa da casa.
Na segunda parte, Gonçalo Guedes e Taliscam substituem Victor Andrade e Pizzi. Com aquelas duas unidades ofensivas, o Benfica acampa no meio-campo adversário. E depois na grande área. É uma sucessão de remates, recargas e afins sem que a bola encontre a baliza. Ora por manifesta infelicidade (como a trave, aos 69'), ora por categoria de Stefanovic.
Às tantas, o golo do empate pelo mexicano Raúl Jiménez. Logo ele que acabara de substituir Eliseu. No primeiro toque de bola, o 9 acerta de cabeça um cruzamento de Gaitán e inicia a reviravolta, concluída uns 60 segundos depois, pelo grego Samaris, com um remate fora da área (culpas para Stefanovic). Ufff, 2-1 pensam os benfiquistas. Está feito. Não, nada disso.
O Moreirense vai ao ataque, à procura do empate, um resultado já visto na Luz nas duas primeiras visitas dos cónegos em 2003 e 2004. É então que Cardozo (não esse, o outro, também paraguaio) aproveita uma bola solto e faz o 2-2 em fora-de-jogo. E agora? Ainda faltam seis minutos para o fim, é tempo de chamar o herói, o Indiana Jonas. O brasileiro entra então em cena e garante os três pontos com o pé esquerdo, a novo cruzamento de Gaitán. Três-dois, passa ao outro (o susto) e não ao mesmo.
