Os bebés estão de volta à cidade


Mais 450 bebés nasceram este ano no Porto. São já 8847. A cidade lidera o ranking de recuperação da natalidade. A esperança está de volta. Mas é sempre possível ir mais longe.  O aumento da taxa de natalidade nos primeiros meses do ano é uma boa notícia para os fabricantes de chupetas e afins e…


Mais 450 bebés nasceram este ano no Porto. São já 8847. A cidade lidera o ranking de recuperação da natalidade. A esperança está de volta. Mas é sempre possível ir mais longe. 

O aumento da taxa de natalidade nos primeiros meses do ano é uma boa notícia para os fabricantes de chupetas e afins e abre uma perspectiva (são 3%, mas já é uma perspectiva) para as contas futuras da segurança social. O lado menos estatístico deste indicador mostra um novo estado de espírito colectivo: o regresso da esperança (mesmo que ainda em doses moderadas).

O Porto lidera o entusiasmo nacional em matéria de fertilidade. Tendo nascido mais crianças em 2015 isso resulta de um sentimento de maior confiança desde 2014, pelo menos. Se o Porto representa um terço deste rejuvenescimento, é sinal de que a dita esperança voltou aqui mais cedo e em maior quantidade. Para uma cidade que andou anos a perder habitantes e que tem vindo a envelhecer notoriamente, o princípio da inversão da curva demográfica releva, como dizem as agências de notação, um “outlook” muito positivo.

Ao mesmo tempo, a divulgação da identidade dos utilizadores do site de «traições» Ashley Madison, após uma operação pirata de confisco de dados, apresenta o Porto como a cidade portuguesa com maior número de inscritos, cerca de 7 mil entre os 33 milhões em todo o mundo.

Consta que homens e mulheres adeptos da ciber-infidelidade podem ser vítimas de chantagem e intimidação. Não me parece nada. Basta andar na rua para se perceber que não se vêem portuenses aflitos ou de olhos fixos no chão, por medo ou vergonha. Em todo o caso, convém trazer estas pessoas para o lado prático da vida e esperar que a natalidade continue a aumentar. A info-exclusão também pode ter coisas boas. 

Escreve à quinta-feira

Os bebés estão de volta à cidade


Mais 450 bebés nasceram este ano no Porto. São já 8847. A cidade lidera o ranking de recuperação da natalidade. A esperança está de volta. Mas é sempre possível ir mais longe.  O aumento da taxa de natalidade nos primeiros meses do ano é uma boa notícia para os fabricantes de chupetas e afins e…


Mais 450 bebés nasceram este ano no Porto. São já 8847. A cidade lidera o ranking de recuperação da natalidade. A esperança está de volta. Mas é sempre possível ir mais longe. 

O aumento da taxa de natalidade nos primeiros meses do ano é uma boa notícia para os fabricantes de chupetas e afins e abre uma perspectiva (são 3%, mas já é uma perspectiva) para as contas futuras da segurança social. O lado menos estatístico deste indicador mostra um novo estado de espírito colectivo: o regresso da esperança (mesmo que ainda em doses moderadas).

O Porto lidera o entusiasmo nacional em matéria de fertilidade. Tendo nascido mais crianças em 2015 isso resulta de um sentimento de maior confiança desde 2014, pelo menos. Se o Porto representa um terço deste rejuvenescimento, é sinal de que a dita esperança voltou aqui mais cedo e em maior quantidade. Para uma cidade que andou anos a perder habitantes e que tem vindo a envelhecer notoriamente, o princípio da inversão da curva demográfica releva, como dizem as agências de notação, um “outlook” muito positivo.

Ao mesmo tempo, a divulgação da identidade dos utilizadores do site de «traições» Ashley Madison, após uma operação pirata de confisco de dados, apresenta o Porto como a cidade portuguesa com maior número de inscritos, cerca de 7 mil entre os 33 milhões em todo o mundo.

Consta que homens e mulheres adeptos da ciber-infidelidade podem ser vítimas de chantagem e intimidação. Não me parece nada. Basta andar na rua para se perceber que não se vêem portuenses aflitos ou de olhos fixos no chão, por medo ou vergonha. Em todo o caso, convém trazer estas pessoas para o lado prático da vida e esperar que a natalidade continue a aumentar. A info-exclusão também pode ter coisas boas. 

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