Banif. Jorge Tomé e Luis Amado somam e seguem à frente do banco

Banif. Jorge Tomé e Luis Amado somam e seguem à frente do banco


Instituição financeira vai ter mais mulheres em cargos de topo.


Os accionistas do Banif elegeram hoje os órgãos sociais que vão ficar à frente do banco nos próximos três anos, reconduzindo Jorge Tomé e Luís Amado à frente da administração.

“Houve uma reformulação do Conselho, quer na Comissão Executiva como nos membros não executivos”, disse Jorge Tomé aos jornalistas, referindo-se às decisões tomadas na assembleia-geral electiva que decorreu na sede do banco, no Funchal, depois da reunião em Maio ter sido suspensa nos pontos referentes à eleição dos corpos sociais para o próximo triénio.

Segundo o responsável, que falava no final da assembleia-geral, “os accionistas tiveram uma intenção nos elementos não executivos de renovar o Conselho e fazer com que o género feminino estivesse mais representado”, dando cumprimento ao “compromisso que o Conselho de Administração” tinha assumido nesta matéria.

Jorge Tomé adiantou que “outros elementos do Conselho também saíram por terem perdido a característica de independência por acumulação de mandatos”.

No que diz respeito à Comissão Executiva, o responsável mencionou que “houve dois elementos que não pretendiam continuar” (Vitor Nunes e João Paulo Almeida) e que a escolha dos elementos foi efectuada “por directores do Banif muito séniores, pessoas com excelente formação que conhecem bem o banco, as suas vantagens e problemas”.

No entender de Jorge Tomé, “a Comissão Executiva foi reforçada, porque é constituída por cinco elementos, com pessoas todas elas da instituição”, enunciando que, além de ele próprio se manter na presidência, esta é composta por Carlos Firme, Jorge Nunes, Nuno Martins e João de Sousa.

Jorge Tomé referiu ainda que “a votação de hoje foi muito alta”, tendo atingido os 90%.

Questionado sobre os grandes objectivos do novo Conselho de Administração, o responsável destacou que a reestruturação do banco, que se pretende esteja concluído até o final do ano e aprovado junto da Direcção-Geral de Concorrência de Bruxelas.

“A segunda missão é encontrar um accionista de referência para o Banif, de forma a substituir o Estado”, sublinhou ainda, admitindo que já existem “contactos há meses” e que “esse trabalho, que também terá de ser acelerado, vai ter continuidade”.

Além do Estado, os principais acionistas do Banif são a designada Herança Indivisa de Horácio Roque, o falecido líder do banco, com 6,3%, e o grupo Auto-Industrial, com 1,8%.