Mitroglou, Jonas, Jonas e Nélson Semedo. O Benfica engata na primeira jornada do campeonato nacional 2015-16, após uma pré-época para esquecer, sem qualquer vitória, e a perda da Supertaça para o Sporting. Quatro-zero ao Estoril é um resultado gordo. A última vez acontece em 1997-98, na era Manuel José: 4-0 ao Campomaiorense, por Calado, Paulo Nunes-2 e João Vieira Pinto.
O que acontece depois? Derrota em campo neutro. Em 1998, nas Antas, com o Vitória de Setúbal (1-0 de Kasumov). Em 2015, em Aveiro, com o Arouca (1-0 de Roberto). Só por curiosidade, o Benfica de 97-98 acaba como? Três derrotas (aquela das Antas, com o Vitória Setúbal, outra com o inexperiente Bastia para a Taça UEFA e ainda uma outra em Vila do Conde, com o Rio Ave, no célebre caso do bombeiro esmurrado por João Pinto no acesso ao balneário) em cinco jogos fazem Manuel José cair logo em Setembro. Mário Wilson é chamado até Vale e Azevedo encontrar uma solução definitiva, o que acontece no início de Novembro, com Graeme Souness, já com a equipa fora das Eurotaças.
Nas primeiras seis partidas, o novo técnico perde sete pontos, mas depois descobre a fórmula ideal, com as contratações de Karel Poborsky, Luís Carlos e Brian Deane, embora a venda do valioso central Carlos Gamarra constituisse rombo de vulto. Até final, o técnico escocês liderou a equipa com mão de ferro, guiando-a ao segundo lugar. Uma boa segunda volta, com vitórias concludentes sobre os rivais Sporting (4-1 em Alvalade no regresso de João Pinto aos relvados, após dois meses de paragem provocados pela brutal cotovelada de Paulinho Santos nas Antas, só apanhada pelas câmaras da TVI) e Porto (3-0, quando o título já está entregue ao dragão). Contas feitas "apenas" dez pontos perdidos em 51 possíveis.
Na Taça de Portugal, o Braga faz das suas e afasta o Benfica pela quarta vez na história, após as bem sucedidas experiências em 1966, 1979 e 1982.