Renaud Lavillenie não está para o salto com vara como Usain Bolt está para os 100 metros mas não deixa de ser o grande favorito em todas as competições em que entra. O francês bateu o recorde de Sergey Bubka em posta coberta (6,16 metros) e também já superou os seis metros ao ar livre (6,05 metros, numa marca conseguida este ano).
Em Pequim, o objectivo era sagrar-se campeão mundial pela primeira vez. Mas o objectivo saiu furado. Depois da prata em Moscovo-2013 e do bronze em Berlin-2009 e Daegu-2011, Lavillenie teve de se contentar novamente com o bronze. A fasquia estava elevada e o francês só quis saltar aos 5,80 metros. Correu bem e superou a marca de forma convincente, deixando antever que podia estar a caminho de um grande desempenho.
Ilusão, nada mais do que isso. Aos 5,90 metros, Lavillenie falhou a primeira tentativa. Depois falhou a segunda. E à terceira… não fez melhor. Juntamente com ele, os polacos Pawel Wojciechowski e Piotr Lisek. Chegaram aos 5.90 metros com a folha imaculada (apesar de terem começado a saltar mais cedo), mas embateram numa muralha difícil de ultrapassar. Por isso mesmo, no final, os três ficaram com a medalha de bronze.
Só dois saltadores conseguiram ultrapassar os 5,90 metros: o canadiano Shwanacy Barber fê-lo à primeira tentativa, o alemão Raphael Holzdeppe apenas à terceira. Foi essa a diferença na altura de atribuir a medalha de ouro, especialmente porque nenhum dos dois conseguiu superar a marca dos seis metros.
Shawnacy Barber, 21 anos, nasceu no Novo México mas é canadiano e teve uma entrada de luxo em competições mundiais. Holzdeppe tem mais experiência e resultados no currículo: aos 25 anos, já foi medalha de bronze olímpico em Londres e campeão mundial em Moscovo-2013.
