Estado Islâmico. Jihadistas fizeram explodir templo de Palmira

Estado Islâmico. Jihadistas fizeram explodir templo de Palmira


Baal Shamin era um dos templos mais importantes da “pérola do deserto”, património mundial da UNESCO.


Jihadistas do autoproclamado Estado Islâmico fizeram este domingo explodir o templo de Baal Shamin, na cidade de Palmira, na Síria, disse à Agência France Presse o chefe do Departamento de Museus e Antiguidades daquela cidade.

“O Daesh [nome árabe do autoproclamado Estado Islâmico] colocou hoje uma grande quantidade de explosivos no templo de Baal Shamin, provocando depois a explosão que causou muitos danos no templo”, afirmou Maamoun Abdulkarim.

O autoproclamado Estado Islâmico, que controla partes da Síria e do vizinho Iraque, tomou Palmira a 21 de Maio, o que provocou preocupação internacional sobre o destino do património da cidade descrita pela UNESCO como de “valor universal excepcional”.

“A área central do templo ficou destruída e as colunas que a rodeavam colapsaram”, referiu Maamoun Abdulkarim.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, um grupo sedeado no Reino Unido que monitoriza a guerra na Síria, confirmou a destruição do templo.

Baal Shamin foi construído em 17 a. C. e foi ampliado no reinado do imperador romano Adriano, em 130 AC.

O autoproclamado Estado Islâmico tem vindo a destruir vários tesouros históricos, incluindo igrejas e santuários, por considerar que estes locais são hereges.

Esta semana foi igualmente divulgado que o EI decapitou um dos maiores especialistas dos tesouros arqueológicos de Palmira, classificada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) como Património Mundial da Humanidade em 1980.

Khaled al-Assad, de 82 anos, era o antigo responsável pelas antiguidades e pelos museus de Palmira e ajudou a preservar os tesouros arqueológicos da cidade, também conhecida como a “pérola do deserto”, durante meio século.

Os jihadistas do EI, combatentes que iniciaram em Junho de 2014 uma grande ofensiva e que se assumem como participantes numa “guerra santa”, proclamaram um “califado” nos vastos territórios que controlam na Síria e no Iraque.

Lusa