A EN125 é referida, há vários anos, como sendo perigosa. Porquê?
Há outras estradas que merecem preocupação em matéria de sinistralidade, como a EN1/IC2. Mas a EN125, no Algarve, tem algumas particularidades que a tornam mais propícia a acidentes. Desde logo,
o facto de longos troços se desenrolaram dentro de localidades. Por outro lado, é uma estrada com troços de duas vias em cada sentido em que não há separadores centrais e está inserida numa região que, em algumas alturas do ano, vê crescer exponencialmente o número de condutores.A estes factores junta-se outro, mais importante: os condutores nem sempre têm os comportamentos mais prudentes ao volante e não adequam a sua condução às características da via. Uma estrada nunca é perigosa por si só.
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Que tipo de acidentes são mais frequentes na EN125?
Há registo de muitas colisões que resultam da invasão da faixa contrária, algumas causadas por ultrapassagens mal calculadas.
O álcool é um problema?
É certo que o Algarve é uma zona onde, durante todo o ano, há bastante consumo de álcool – o que se traduz nas fiscalizações da GNR – e que o Verão é propício à ingestão de bebidas alcoólicas e à vida nocturna. Porém, não se pode estabelecer uma relação directa entre a sinistralidade registada e o consumo de álcool. Cada acidente é um caso.
Que cuidados devem ter os condutores?
As recomendações são as habituais. Não ingerir bebidas alcoólicas e adoptar o sistema do “condutor designado”: num grupo tem sempre de existir alguém que não bebe para conduzir. A fadiga é outro aspecto a ter conta. Os condutores, especialmente os mais jovens, podem até nem se sentir cansados mas ter os reflexos diminuídos. Além disso, importa ter atenção ao excesso de velocidade e às ultrapassagens perigosas. Ao volante é sempre preciso atenção e concentração e a verdade é que muitos condutores facilitam.