Toronto. Avião da SATA International aterra de emergência

Toronto. Avião da SATA International aterra de emergência


Fogo na cabine estará na origem da decisão.


Um avião da SATA International aterrou na segunda-feira à noite de emergência em Toronto, no Canadá, após ter sido detectado fumo vindo da cabine, disseram hoje à agência Lusa alguns dos passageiros.

"O avião descolou à hora normal (21:45 de Toronto, 02:45 de Lisboa). Cerca de dez minutos após a descolagem, o piloto disse que íamos aterrar novamente devido a um problema (eléctrico) e que tínhamos de regressar ao aeroporto de Toronto", disse um dos passageiros do voo RZO320 da Sata International, que não se quis identificar.

A aeronave, um Airbus 310 – 225, transportava 192 passageiros e fazia a ligação entre Toronto, no Canadá, e Ponta Delgada, nos Açores.

Ao descolar do Aeroporto Internacional Pearson, segundo relatos de testemunhas, teve de regressar a Toronto, numa altura em que se podia sentir um "cheiro a queimado".

As equipas de emergência estavam junto ao avião após a aterragem, indicou a fonte contactada pela Lusa.

"Quando levantamos voo, senti um cheiro a queimado. Depois, disseram-nos que ia-mos regressar a Toronto, mas nunca nos explicaram concretamente qual era o problema. Esperamos algumas horas e, por fim, informaram-nos de que o voo fora cancelado", explicou Nelson Silva, de Brampton, que viajava para Ponta Delgada, nos Açores, de férias.

O passageiro também lamentou a falta de informação imediata por parte dos responsáveis da companhia aérea açoriana sobre a data do regresso a Portugal.

"Nunca mais nos deram explicações. Não sei se vou para casa (Brampton, a 45 minutos do aeroporto), se fico aqui. Não temos direito a hotel, pois só quem é de outras províncias é que pode usufruir. Se tenho voo amanhã de manhã (na terça-feira) como é que vou saber? Não sei o que fazer", declarou.

Outro dos passageiros, Paulo Machado, de Ponta Delgada, de férias no Canadá há cerca de um mês e meio, recordou que sentiu algo parecido com o cheiro a "óleo" após a descolagem, mas pensava que era "algo normal".

"Não tive receio (da aterragem de emergência), mas aconteceu, o que é que se há-de fazer, pois a segurança está primeiro", concluiu.

Lusa