Viajar sem sair


Hoje em dia é impossível desligar-nos por completo, há sempre um e-mail, uma mensagem ou um telefonema que nos amarra ao trabalho e ao que deixamos para trás.


© Shutterstock

Por vezes receamos os ambientes que não nos são familiares. Pessoas novas, cerimónia, inconveniências, em suma o desconhecido. E a verdade é que grande parte das vezes nos remetemos à nossa zona de conforto apenas por receio.

Há uns anos a esta parte reservo os dias de férias para serem passados cá, em Portugal. E invariavelmente, todos esses anos acabo a pensar que fiz bem. Neste último dia de férias o balanço torna-se inevitável e uma vez mais é positivo. Este ano com uma pitada acrescida de satisfação.

Hoje em dia é impossível desligar-nos por completo, há sempre um e-mail, uma mensagem ou um telefonema que nos amarra ao trabalho e ao que deixamos para trás. E que achamos que só indo para fora é que conseguimos libertarmo-nos por completo. E em certa medida isso é verdade. Mas este ano e, sobretudo, esta última semana permitiu-me contrariar essa tese.

Vim mais ao menos à descoberta, não de um lugar que já conhecia, mas de pessoas. Pessoas novas, das suas histórias e das suas experiências. Sai da minha zona de conforto e desliguei-me, por momentos. Foi como viajar, para fora, mas sem sair.

Sentados, à volta de uma mesa, várias pessoas, várias histórias, diferentes vivências, fizeram-me viajar. A cada tema de conversa, juntava-se uma experiência diferente – de vida, vivida e contada na primeira pessoa. Todos fora das suas zonas de conforto, não havia cores políticas, preferências clubísticas, nem ostentações. E assim percorremos o Mundo nos olhos de todos. Ali, à volta de uma mesa, saboreando uma cachupa embalados pelo vinho, as gargalhadas e o desconforto do desconhecido. Sem preconceitos e sem receios.

Para a semana volto. Por estes dias fui longe, desliguei, mesmo do que no fundo não queria, nem conseguia desligar. Viajei sem sair e prometo voltar.

Escreve ao sábado

Viajar sem sair


Hoje em dia é impossível desligar-nos por completo, há sempre um e-mail, uma mensagem ou um telefonema que nos amarra ao trabalho e ao que deixamos para trás.


© Shutterstock

Por vezes receamos os ambientes que não nos são familiares. Pessoas novas, cerimónia, inconveniências, em suma o desconhecido. E a verdade é que grande parte das vezes nos remetemos à nossa zona de conforto apenas por receio.

Há uns anos a esta parte reservo os dias de férias para serem passados cá, em Portugal. E invariavelmente, todos esses anos acabo a pensar que fiz bem. Neste último dia de férias o balanço torna-se inevitável e uma vez mais é positivo. Este ano com uma pitada acrescida de satisfação.

Hoje em dia é impossível desligar-nos por completo, há sempre um e-mail, uma mensagem ou um telefonema que nos amarra ao trabalho e ao que deixamos para trás. E que achamos que só indo para fora é que conseguimos libertarmo-nos por completo. E em certa medida isso é verdade. Mas este ano e, sobretudo, esta última semana permitiu-me contrariar essa tese.

Vim mais ao menos à descoberta, não de um lugar que já conhecia, mas de pessoas. Pessoas novas, das suas histórias e das suas experiências. Sai da minha zona de conforto e desliguei-me, por momentos. Foi como viajar, para fora, mas sem sair.

Sentados, à volta de uma mesa, várias pessoas, várias histórias, diferentes vivências, fizeram-me viajar. A cada tema de conversa, juntava-se uma experiência diferente – de vida, vivida e contada na primeira pessoa. Todos fora das suas zonas de conforto, não havia cores políticas, preferências clubísticas, nem ostentações. E assim percorremos o Mundo nos olhos de todos. Ali, à volta de uma mesa, saboreando uma cachupa embalados pelo vinho, as gargalhadas e o desconforto do desconhecido. Sem preconceitos e sem receios.

Para a semana volto. Por estes dias fui longe, desliguei, mesmo do que no fundo não queria, nem conseguia desligar. Viajei sem sair e prometo voltar.

Escreve ao sábado