O Eurogrupo aprovou na noite desta sexta-feira o terceiro resgate a Atenas. Jeroen Dijsselbloem, líder do Eurogrupo, já afirmou que os ministros das Finanças do euro aprovaram o texto, ainda que lhe tenham acrescentado medidas. Dijsselbloem admitiu porém que a participação do FMI no resgate está longe de garantida.
"A mensagem do Eurogrupo de hoje é clara: nesta base, a Grécia é e continuará a ser irreversivelmente um membro da zona euro. E a CE apoiará a Grécia no desenvolvimento de um novo crescimento, justo, empregos e perspectivas de investimento para os seus cidadãos", comentou sobre a aprovação do resgate Jean-Claude Juncker, líder da CE.
Está assim mais próxima a entrega da primeira tranche do resgate a Atenas, que será de 26 mil milhões de euros, de um total de 86 mil milhões que serão emprestados aos gregos nos próximos três anos – emprestados com uma maturidade de 32,5 anos e uma taxa global média a rondar 1%.
As autoridades europeias esperam desbloquear na próxima quarta-feira, dia 19, um cheque inicial de 16 mil milhões de euros de modo a que o valor esteja disponível no dia seguinte, permitindo a Atenas pagar os 3,2 mil milhões junto do BCE que vencem dia 20. Posteriormente, serão disponibilizados mais 10 mil milhões de euros para a recapitalização da banca grega, um valor que todavia não será entregue ao governo grego, ficando antes numa conta à parte, no Luxemburgo.
Em relação ao fundo para as privatizações, o Eurogrupo exigiu à Grécia a apresentação de um plano claro até Outubro, requisitando igualmente a entrega de todos os bancos gregos a este fundo – depois de recapitalizados.
O Eurogrupo decidiu também incluir os detentores de obrigações gregas no financiamento do resgate, com estes a serem chamados para financiar através de um 'bail-in' – leia-se perda de parte do valor dos títulos que detêm – como forma de apoiar a banca. Os depositantes não estão incluidos.