Esta semana o Digital Music News, que cita fontes com conhecimento dos planos da empresa sueca, avançou que o Spotify se encontra a considerar a adopção de uma abordagem mais em concordância com o mercado. O motivo, explica, deve-se à crescente pressão exercida pela indústria das editoras discográficas.
O Spotify é talvez o serviço de streaming musical mais popular do mercado, ou pelo menos um dos que têm maior visibilidade a nível global. Parte do seu sucesso se explica por disponibilizar uma alternativa legal para ouvir música online, gratuita e suportada por publicidade, ainda que a empresa disponibilize uma alternativa premium do serviço que é paga e funciona por subscrição.
Só que a popularidade deste modelo de negócio não se traduz necessariamente em rentabilidade para a empresa, e a concorrência ao Spotify tem vindo a optar – muitas vezes exclusivamente – por modelos de subscrição para acesso aos seus serviços.
Isto não significa, necessariamente, que o Spotify irá extinguir definitivamente a versão gratuita do seu serviço. Embora uma opção destas não pareça estar totalmente fora de questão, o Digital Music News indicou que o CEO da empresa – Daniel Ek – se sente relutante em avançar com uma medida tão definitiva.
Em contrapartida, o Spotify poderia antes limitar o acesso a conteúdos por parte dos utilizadores da versão gratuita. Por exemplo, os novos lançamentos na plataforma estariam limitados apenas a utilizadores pagantes, ou então poderiam – como alternativa – ser disponibilizados por uma quantidade de tempo muito limitada.
Outro cenário também poderia passar por permitir o acesso a apenas uma ou duas músicas de um novo lançamento, enquanto que os subscritores poderiam ouvir todo o álbum sem restrições.
Por enquanto são várias as hipóteses em cima da mesa. incluindo o acesso apenas a utilizadores pagantes. Esta transição está prevista para 2016. O objectivo final continuaria a ser o de encorajar os utilizadores a aderir ao modelo premium do serviço, mas também o de optimizar os rendimentos gerados pelos artistas mais procurados. Por outras palavras: o Spotify quer que os seus utilizadores não-pagantes sintam que estão a perder algo.
O mês de Setembro será igualmente uma altura de elevada pressão para a empresa, que ainda não renovou os seus acordos com as três principais editoras discográficas: Sony Music Entertainment, Warner Music Group e Universal Music Group. A não se renovarem estes acordos até ao final do mês, o Spotify deixaria de disponibilizar uma quantidade substancial de conteúdos do seu catálogo actual.