A noticia chegou curta e sem muitos pormenores, num comunicado da porta-voz de Jimmy Carter assinado pelo antigo presidente dos Estados Unidos enviado para o canal NBC News esta madrugada. "Uma recente cirurgia ao fígado revelou que tenho cancro que já se espalhou a outras partes do corpo. Irei reorganizar a minha agenda consoante necessário para poder ser tratado pelos médicos do Centro [Hospitalar] Emory. Um comunicado público mais completo será feito quando todos os factos forem conhecidos, possivelmente na próxima semana."
O anúncio da doença surgiu nove dias depois de o antigo presidente norte-americano, de 90 anos, ter sido submetido a uma cirurgia para remover uma "pequena massa" do fígado. Apesar de a porta-voz se ter escusado a revelar que tipo de cancro foi confirmado pelos médicos, suspeita-se que possa ser no fígado ou, mais provavelmente, no pâncreas. Numa entrevista ao "New York Times" em 2007, o líder falou de como esse tipo de cancro fulminante lhe roubou o pai e três dos seus irmãos e de como a sua mãe também sofria dessa mesma doença à data.
Depois da cirurgia a que o líder foi submetido no início deste mês, o Centro Carter – uma organização sem fins lucrativos fundada pelo antigo presidente em 1982, um ano depois de ter abandonado a Casa Branca – tinha avançado em comunicado que a operação "correu bem" e que "o prognóstico é excelente em termos de total recuperação".
Um dos presidentes mais populares da história dos Estados Unidos, o democrata sempre manteve uma vida pública activa, continuando a dar catequese na igreja baptista da sua terra natal, Plains, no estado da Georgia, após passar o testemunho da presidência a Ronald Reagan em 1981. O centro que fundou no ano seguinte, com sede em Atlanta, a capital do mesmo estado, tem sido o seu veículo para continuar activo e envolvido na luta contra a pobreza e as desigualdades a nível mundial.
