Mãe urso pode ser abatida se for comprovado que matou um homem

Mãe urso pode ser abatida se for comprovado que matou um homem


Defensores da natureza e dos direitos dos animais insurgem-se.


Uma mãe urso e as suas duas crias podem ser mortos, se for provado através de ADN, que foi esta quem matou e comeu de forma parcial um homem de 63 anos no Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos.

O incidente aconteceu na passada sexta-feira, quando Lance Crosby decidiu caminhar sozinho, sem qualquer tipo de protecção, e contra as recomendações do parque, informam as autoridades. O corpo do alpinista foi encontrado a cerca de 800 metros de uma trilha.

A decisão de matar o animal já está a indignar os defensores dos direitos dos animais, que consideram que a mãe urso teve apenas um instinto de defesa dos seus filhotes.

O facebook está carregado de mensagens a criticar o parque e em defesa dos ursos.

“Vamos agora matar todos os animais que matam mesmo que seja em seu próprio habitat?", questionou Barbara Gallagher na página do parque no Facebook. "Vamos matar todos os tubarões que matam alguém que está nadando onde os tubarões vivem?", lê-se num dos posts desta rede social.

Entretanto, os animais já foram capturados por uma armadilha e as autoridades do parque já estão à procura de novas instalações para os filhotes, que nasceram na Primavera. Se não conseguirem, as crias serão sacrificadas com a mãe.

"Temos recebido muitas chamadas de pessoas em defesa do urso", disse a porta-voz de Yellowstone, Amy Bartlett, ao jornal britânico “The Telegraph”. "Ninguém quer matar um urso, mas é preciso que haja um equilíbrio entre segurança pública e preservação da natureza", argumenta.

Incluindo Crosby, oito pessoas já foram mortas por ursos em Yellowstone desde que os registros começaram a ser feitos, em 1916.

As autoridades do parque, em resposta aos protestos, relembraram um incidente em 2011, quando uma mãe urso matou um homem. Também nessa altura foi considerado que ela só queria proteger os seus filhotes. Optou-se por deixá-la viver. Só que algumas semanas depois ela voltou a atacar uma pessoa e teve mesmo que ser abatida.