Nicholas Reeves é arqueólogo da Universidade do Arizona, EUA, e estudioso do túmulo de Tutankamon, no Egipto, acredita ter descoberto o local onde está enterrada Nefertiti.
“Se eu estiver errado, estou errado, mas se estiver certo esta é potencialmente a maior descoberta arqueológica de todos os tempos”, afirmou o arquólogo à revista "The Economist".
A rainha egípcia, madrasta de Tutankamon, o faraó morto aos 18 anos, está, segundo Reeves, enterrada no próprio túmulo deste, descoberto em 1922, por Howard Carter.
Através de imagens de alta resolução do túmulo, a equipa da Universidade do Arizona conseguiu ver passagens secretas que foram escondidas, avistadas agora através de fissuras nas paredes que se escondem atrás de várias camadas de tinta.
Depois dessa visualização, Nicholas Reeves afirma que o túmulo tem uma porta que dará para a câmara de Nefertiti, já que este foi construído para ser uma antecâmara do túmulo da Rainha, que seria ainda mais sumptuoso.
É este facto, que aponta para a tumba do faraó ser menor que a de outros reis egípcios, que sustenta a tese do arqueólogo. Mais: segundo Reeves, a cripta da rainha parece ter sido decorada com cenas religiosas feitas numa data anterior à de outras pinturas do túmulo de Tutankamon. A teoria é de que as ilustrações teriam sido feitas para dar protecção à sala do lado.
Nefertiti morreu em 1330 a.C., sete anos antes do faraó. Por ter falecido ainda muito jovem, Tutankamon foi sepultado num túmulo que não teria sido construído para ele, segundo os especialistas. A câmara, situada no Vale dos Reis, a Oeste do Rio Nilo, no Egipto, é menor do que a de outros monarcas daquele império. Mesmo assim, foram encontrados no seu interior mais de cinco mil artefactos, a maioria deles funerários.
Foram encontrados os túmulos de vários faraós mas nunca o da mulher de Amenhotep IV, pai de Tutankamon. Trata-se de Nefertiti.
“Apenas uma nobre feminina da 18.ª dinastia é conhecida por ter recebido essas honras: Nefertiti”, diz Reeves.
