O prazo final para a entrega das propostas vinculativas finais de compra do Novo Banco termina esta sexta-feira às 17 horas e é a última oportunidade para os grupos chineses Anbang e Fosun e a norte-americana Apollo melhorarem as suas ofertas.
O prazo previsto para a entrega das propostas vinculativas era 30 de Julho passado, mas o Banco de Portugal, que lidera a operação, comunicou nesse mesmo dia que convidou os potenciais compradores a apresentar as propostas vinculativas revistas até 07 de Agosto, uma vez que, conforme previsto no caderno de encargos, na terceira fase, é possível uma extensão para a negociação ou exclusão de potenciais compradores.
"Na sequência de convite dirigido aos três potenciais compradores que apresentaram uma proposta vinculativa no dia 30 de Junho passado para que submetessem uma proposta vinculativa revista, oconselho de administração do Banco de Portugal deliberou fixar a data de 07 de Agosto para apresentação dessa proposta", referia o comunicado.
Segundo notícias saídas em vários órgãos de comunicação social, os três candidatos à compra do Novo Banco entregaram ofertas de numerário bastante abaixo dos 4.900 milhões de euros que o Fundo de Resolução colocou na instituição após o colapso do Banco Espírito Santo (BES), o que, a confirmar-se, terá encargos adicionais para os bancos que contribuíram para o fundo e para os contribuintes.
Os chineses da Fosun, que compraram ao Estado a Fidelidade, a Anbang, a seguradora chinesa sem actividade em Portugal e o fundo norte-americano Apollo, que recentemente adquiriu ao Novo Banco a seguradora Tranquilidade são os candidatos a um banco que actualmente detém cerca de 18% de quota de mercado.
Há cerca de um ano, o Estado emprestou 4.400 milhões de euros ao Fundo de Resolução proveniente dos dinheiros negociados com a 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) para o sector financeiro. O Fundo de Resolução acrescentou mais 500 milhões de euros para injectar na instituição liderada por Stock da Cunha.
A autoridade de supervisão bancária pretende com esta venda minimizar os prejuízos da operação, pois qualquer oferta inferior a 4.900 milhões de euros será de perda para o Fundo de Resolução.
Lusa