As autoridades da Birmânia elevaram para 88 o número de mortos nas inundações que afectam grande parte do país e solicitaram a evacuação das zonas baixas face ao risco de subida do nível da água, informam esta sexta-feira os ‘media’.
Pelo menos 330 mil pessoas foram afectadas pelas inundações, provocadas pelas chuvas da época de monção que assolam 12 das 14 regiões da Birmânia desde o mês passado, as quais se intensificaram, na passada semana, com a passagem do ciclone Komen.
A área mais atingida, com 55 vítimas mortais, é o estado Rakhine, no oeste, uma das quatro regiões declarada, na semana passada, como zona de desastre pelo governo birmanês, de acordo com o jornal Global New Light of Myanmar.
Desde a onda de violência sectária de 2012, aproximadamente cem mil elementos da comunidade muçulmana rohingya, uma das minorias mais perseguidas do planeta, vivem em campos de refugiados em Rakhine, os quais sofreram “extensos danos”, segundo dados das agências humanitárias.
O Presidente birmanês, Thein Sein, pediu a retirada dos residentes das zonas mais baixas da região de Ayeyarwaddy, onde vários rios – incluindo o Irrawaddy que desagua na zona – superou o nível de risco e ameaça transbordar.
“Como não podemos prevenir desastres naturais, apelo aos concidadãos para que se mudem para zonas mais seguras”, disse Thein Sein, numa mensagem radiofónica.
Segundo dados oficiais, as inundações causaram 85.400 desalojados, destruíram 10.956habitações e cerca de 900 quilómetros quadrados de terras de cultivo.
O governo birmanês solicitou, esta semana, ajuda internacional para assistir os afectados e reconheceu a sua “débil” resposta face ao desastre natural.
Lusa