O sistema financeiro dá sinais de estar cada vez mais bem capitalizado e sólido, diz o Fundo Monetário Internacional, mas continua a debater-se com a fraca rentabilidade e com uma elevada imparidade. Sobretudo devido ao crédito malparado, avisa o FMI.
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No mesmo relatório, a instituição liderada por Christine Lagarde aplaude o facto de os créditos às empresas estar a subir, mas apenas no que respeita às grandes empresas. As pequenas e médias (PME), nota o documento, sofreram uma contracção dos empréstimos na ordem dos 426 milhões de euros, ou 0,9% durante o primeiro trimestre do ano.
No mesmo sentido, o FMI sublinha que os resultados dos bancos continuam fracos, apesar do regresso aos lucros durante os últimos meses. Além disso, os custos operacionais continuam a pressionar as contas, e devem ser reduzidos durante os próximos meses, a par das imparidades.
Quanto ao rácio de créditos sobre depósitos (ou rácio de transformação), tem-se mantido estável nos 107% – as regras obrigam a que seja, no máximo de 120% – e o recurso a financiamento junto da Europa está também estável nos 6%, abaixo dos 9% registados no final de 2013, o que é um bom sinal.
O FMI nota ainda que o sector segurador está a ter uma evolução consistente, com uma performance até melhor do que a de alguns pares europeus, salienta o relatório.