‘Antmaps’. O primeiro mapa de formigas do mundo

‘Antmaps’. O primeiro mapa de formigas do mundo


O mapa interactivo online demorou quatro anos a ficar completo e mostra as localizações geográficas de cerca de 15.000 espécies de formigas em todo o mundo.


O primeiro mapa de formigas do mundo, que mostra a sua distribuição em todo o globo, foi lançado esta quinta-feira pela Universidade de Hong Kong (HKU), numa tentativa de dar mais esclarecimentos sobre os insectos.

O mapa interactivo online (antmaps.org), que demorou quatro anos a ficar completo, mostra as localizações geográficas de cerca de 15.000 espécies de formigas, com o estado australiano de Queensland a abrigar o maior número nativo de espécies, mais de 1.400.

“Os insectos são um dos principais grupos em que precisamos de nos focar quando falamos de biodiversidade”, afirmou Benoit Guenard, um dos co-fundadores do mapa e professor de Ciências Biológicas na HKU.

“As formigas são muito importantes na maioria dos ecossistemas”, adiantou, dado que mantêm o ciclo dos nutrientes no solo e ajudam na dispersão de sementes, acrescentando que "são um dos grupos de insectos melhor estudados”.

'Antmaps' (‘Mapa de Formigas), é um projecto conjunto da HKU e do Instituto de Ciências e Tecnologia de Okinawa e diferencia as formigas que são nativas de uma região e as espécies que foram importadas.

Guenard explicou que o mapa irá fornecer um importante registo da vida dos insectos no mundo e irá ajudar na investigação e conservação da vida animal.

"O trabalho no mapa continua com novas espécies de formigas a serem descobertas frequentemente", afirmou.

Benoit Guenard lidera o estudo de formigas na HKU e afirmou que a sua equipa acredita ter descoberto 12 novas espécies na cidade, durante o ano passado.

“Estamos a descobrir e descrever nova vida quase todas as semanas e é isso que acho absolutamente surpreendente no trabalho que fazemos”, explicou.

Num estudo recente feito pelo Instituto Weizmann da Ciência, em Israel, publicado em Julho, descobriu-se que as formigas possuem uma habilidade surpreendente de misturar o músculo colectivo com a iniciativa individual para fazer o trabalho pesado.

Lusa