Aly Cissokho é um lateral-esquerdo com passado e futuro. Em Portugal. No Porto. Três anos depois de ter saído do Dragão, o internacional francês está de volta, por empréstimo de um ano do Aston Villa.
No dia em que o avançado italo-argentino Osvaldo aterra em Pedras Rubras, o Porto recebe outro reforço. É Cissokho. Metido num táxi do aeroporto para o hotel, faz testes médicos à hora do treino matinal e assina pela tarde. Atenção: Cissokho é o negócio mais proveitoso de sempre do Porto. Maior que Futre. Muito maior que Hulk, Falcao e outros que tais.
Contratado ao Vitória de Setúbal a 12 de Janeiro de 2012 por 300 mil euros, Cissokho agarra-se à lateral-esquerda até final da época, num total de 21 jogos. De repente, o seu passe é vendido por 16,2 milhões de euros. Um passo pequeno para Cissokho, um salto gigantesco para as contas do Porto. É um negócio das Arábias (sem ser para as Arábias). Incrível. Nunca visto, jamais repetido.
Em casa, Cissokho não se entende confortável. De todo. Sai para Espanha (Valencia). Depois para Inglaterra (Liverpool), por empréstimo. No regresso a Valencia, o treinador português Nuno Espírito Santo inclui-o na lista de dispensas, como a Postiga e Jonas. Se o português representa o Deportivo e o brasileiro o Benfica, o francês abala novamente para Inglaterra. Em Birmingham, o Aston Villa abre-lhe as portas e ele até joga 24 vezes. Not bad at all.
Em português, nada mau. O Porto, já com Alex Sandro e José Ángel, trá-lo de volta. Cissokho, 27 anos de idade, é talismã: dos 15 jogos pelo Porto no campeonato, nem uma única derrota (13 vitórias e dois empates). Allez allez. Em português, é olhò gajo.
