A grande dúvida neste momento é saber se o actual presidente dos Estados Unidos fica na história como o pior inquilino da Casa Branca. Provavelmente sim. O seu grande rival neste campeonato, Jimmy Carter, também democrata e um profundo conhecedor de amendoins, fez muitas asneiras, mas apesar de tudo não provocou tanta desgraça, tanta miséria, tanta morte como o senhor Barack Obama. Chegou ao poder em princípios de 2009 e não demorou muito tempo a mostrar a sua irresponsabilidade e incompetência.
A sua decisão de exportar democracia para o mundo muçulmano e combater os regimes autoritárias na Tunísia, no Egipto, na Líbia e na Síria, estupidamente apoiada pela União Europeia, já matou milhares e milhares de pessoas, provocou a fuga de milhões de homens, mulheres e crianças e deu um alento extraordinário ao terrorismo internacional, que hoje não só ocupa territórios como ataca em todos os continentes. Se os Estados Unidos não fossem os donos do mundo, o senhor Obama há muito estaria sentado no banco dos réus de um tribunal internacional a responder pelos seus actos criminosos. Mas o senhor que recebeu o Prémio Nobel da Paz sabe-se bem porquê levou a guerra, o terrorismo e a morte à Tunísia, à Líbia, à Síria, ao Egipto e fugiu como um cobarde do Iraque e do Afeganistão. Pelo caminho mostrou os dentes à Rússia e apoia com armas e dinheiro os fascistas de Kiev. Para completar a sua fantástica obra de morte e horror assinou há dias um acordo nuclear com o Irão. Os fanáticos que mandam na Pérsia desde 1979 estão decididos a ter a bomba atómica.
Têm urânio enriquecido suficiente para construir dez bombas nucleares. Os fanáticos assinam o acordo com uma mão e ameaçam destruir Israel com a outra. Os fanáticos de Teerão vão receber milhões e milhões em bens e fundos que estavam há anos congelados pelas sanções internacionais. Os fanáticos vão poder vender petróleo à União Europeia e relançar as suas relações comerciais com uma Europa sem política externa, estagnada económica e politicamente, que anda a reboque dos actos criminosos de Washington na Ucrânia, no Médio Oriente, no golfo Pérsico e em África. Sem sanções económicas e políticas, o Irão ganha novo fôlego para reforçar os seus laços com os terroristas do Hezbollah do Líbano, lançar mais confusão na Síria, no Iémen e particularmente atacar Israel, o seu grande desígnio para se tornar a potência dominante do mundo muçulmano e ganhar a corrida aos rivais Arábia Saudita e Turquia.
Mas, para mal do senhor Obama, quem está no poder em Israel chama-se Benjamin Netanyahu, grande vencedor das legislativas de Março, uma vitória conseguida contra tudo e contra todos, incluindo a clique instalada na Casa Branca. E Netanyahu, com o apoio da oposição e da larga maioria da população israelita, já disse ao mundo que Israel nunca deixará que os fanáticos de Teerão tenham a bomba atómica. Contra a vontade de Obama, Merkel, Hollande e Putin, que classificaram de histórico o acordo de Viena, Netanyahu e Israel estão há muito preparados para a traição dos seus falsos aliados e mais uma vez irão salvar o mundo de um bando de perigosos fanáticos. Em Munique em 1938, um pacifista tacanho assinou um acordo de paz com Hitler que abriu caminho à Segunda Guerra Mundial. Em 2015 em Viena, um grupo de tacanhos assinou um acordo com o Irão que vai obrigar Israel a defender o mundo de uma nova tragédia.