Está em andamento a 17.ª fase da operação Lava Jato, que já prendeu os presidentes das construtoras Andrade Gutierrez e Odebrecht. Na madrugada desta segunda-feira, foi a vez de José Dirceu, homem forte do governo de Lula, antigo ministro da Casa Civil do ex-presidente brasileiro.
Dirceu foi denunciado por Milton Pascowitch, que é apontado como sendo o repsonsável pelo pagamento de subornos na Direcção de Serviços da Petrobras. Segundo Pascowitch, Dirceu recebeu várias tranches de pagamentos através da sua empresa de consultoria, a JD Assessoria e Consultoria, que entretanto deixou de existir.
A companhia foi incluída, pela Polícia Federal, num grupo de empresas "suspeitas de promoverem operações de lavagem de dinheiro", cita a Veja no seu site.
José Dirceu já tinha sido detido em Novembro de 2013, no ãmbito do escândalo do mensalão. Na altura, o antigo ministro cumpriu uma pena de 11 meses em Brasília, tendo sido libertado no final de 2014 e ficando sete meses em prisão domiciliária.
A questão, actualmente, é perceber se José Dirceu pode ser efectivamente levado para um estabelecimento prisional, uma vez que ainda cumpre pena de prisão domiciliária. Segundo o jornal Folha de São Paulo, já houve situações em que esta opção foi possível, mas a polícia está actualmente em conversações com os advogados de Dirceu para ver o que fazer.
A mesma publicação avança que Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão de José Dirceu, também foi detido no âmbito desta investigação.
[notícia actualizada às 12h20 com mais informação]