A Turquia reclama ter infligido um duro golpe contra a guerrilha curda do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), ao bombardear durante uma semana bases do norte do Iraque e promete continuar os ataques aéreos, noticiou este sábado a AFP.
Segundo a agência de notícias francesa, as autoridades do Curdistão iraquiano já exigiram aos rebeldes que deixem o território para que sejam poupados civis.
Hoje, as autoridades turcas anunciaram a abertura de um inquérito, após informações que dão conta da morte de pelo menos seis civis iraquianos nos ataques.
De acordo com o Governo de Ancara, apenas foram alvo dos ataques bases logísticas do PKK, assim como grutas que servem de abrigo aos rebeldes, nas montanhas do norte do Iraque.
Desde os primeiros ataques com os 'caça' F-16, a 24 de Julho, mais de 200 combatentes doPKK foram mortos e cerca de 400 ficaram feridos, indicou a agência noticiosa turca Anatolia.
Segundo a Anatolia, os ataques deixaram ferido o irmão do líder do partido pró-curdo da Turquia, Selahattin Demirtas, que se tornou o alvo político número um do Presidente turco,Recep Tayyip Erdogan.
O envolvimento do líder do partido pró-curdo HDP (Partido Democrático dos Povos), NurettinDemirtas, nos ataques da guerrilha é frequentemente apontado pelo poder turco como um sinal suplementar da colisão entre o PKK e o HDP.
O atentado suicida, a 20 de Julho, em Suruç, no sul da Turquia, que causou a morte de 32 jovens militantes curdos, desencadeou um novo ciclo de violência, com o PKK a condenar as autoridades turcas por não terem protegido a população local.
Em resposta, os ataques diários da guerrilha fizeram mais de uma dezena de mortos nas forças de ordem turcas.
Lusa