Efisa vendido a empresa de capitais portugueses e estrangeiros

Efisa vendido a empresa de capitais portugueses e estrangeiros


Antigo banco do BPN é vendido por 38 milhões de euros à Pivot. Patris de Gonçalo Pereira Coutinho perde a corrida.


A sociedade Plot, de Ricardo Santos Silva e Aba Schubert, foi a vencedora da corrida ao banco Efisa, mais um activo do antigo BPN que estava à venda. Num comunicado enviado esta manhã, a Parparticipadas, sociedade do Estado que gere os veículos dos ex-BPN, anunciou que "no âmbito do processo de alienação da totalidade do capital do Banco Efisa, chegou a acordo com o candidato Pivot, sociedade de que são accionistas entidades portuguesas e estrangeiras".

A Pivot, que foi criada para concorrer à compra do Efisa, pertence à sociedade inglesa Aethel, de que Santos Silva e Schubert são também sócios. Mário Palhares, presidente do Banco de Negócios Internacionla (BNI) e antigo vice-governador do Banco Nacional de Angola é outro dos accionistas da Pivot, ainda que com uma posição minoritária. Faz ainda parte da Pivot António Bernardo, consultor da Roland Berger, e outros accionistas minoritários que ainda não são conhecidos.

"O processo prosseguirá agora com a obtenção, nos termos legais, dos respectivos pareceres e autorizações das autoridades governamentais e de supervisão", lê-se ainda no mesmo comunicado. A empresa não confirma o valor por que efectuou a compra, mas o i sabe que o negócio foi fechado por 38 milhões de euros.

A Pivot quer internacionalizar o Efisa para Angola, Moçambique, Brasil e América Latina, referiu em comunicado enviado esta manhã. Recorde-se que o banco Efisa tem licença mundial para operar como instituição bancária, um dos grandes atractivos. 

Ricardo Santos Silva, fundador da Aethel Partners, diz que a sociedade apresentou "uma proposta de internacionalização para o Banco Efisa muito assente em mercados como Portugal, Brasil, Angola e Moçambique com interesses estratégicos de investimento na Europa, América Latina e África subsariana que vão permitir o crescimento sustentado do banco”.

“A Pivot, a Aethel Partners e os seus parceiros nesta operação estão confiantes na capacidade do Banco Efisa crescer e transformar-se numa instituição de referência nos mercados onde vai operar”, sublinhou também em comunicado.

É caso para dizer que à terceira foi de vez, uma vez que já por duas vezes tinha sido iniciado o processo de venda do Efisa, tendo os negócios falhado em todas as tentativas.