Morreu o líder histórico do movimento talibã afegão. A informação foi avançada pelas autoridades estatais do Afeganistão. O movimento terrorista deverá difundir um comunicado a todo o momento. Por agora, não há um desmentido.
Mullah Omar terá morrido há dois ou três anos – não se sabe se vítima de doença ou de uma operação militar inimiga.
Raramente visto em público após os atentados de 11 de Setembro de 2001, nasceu em 1960 na província de Kandahar. Veterano da guerra contra os soviéticos, perdeu a visão no olho direito.
Foi o responsável pela aproximação dos extremistas afegãos, que liderava desde 1996, à al-Qaeda de Osama bin Laden, a quem deu abrigo. Estava por isso com a cabeça a prémio – os Estados Unidos ofereciam 10 milhões de dólares pela sua captura.
A sua permanência em liberdade é, mesmo agora após a sua morte, um motivo de embaraço para Washington.
Os talibãs afegãos encontram-se em negociações de paz com o governo de Cabul, e perderam nos últimos anos alguns dos seus mais radicais dirigentes e militantes para as fileiras do Estado Islâmico, que também está activo na região.
