© Shutterstock
O presidente da República Francesa, que em 2012 prometia abanar as fundações do socialismo europeu como, um ano mais tarde, a “Wrecking Ball”, da pós-adolescente Cyrus, agitou a indústria pop, tem-se revelado um líder bastante consciencioso. O leitor mais atento a questões relacionadas com a psique humana sabe que a consciência não se mede aos palmos, isso é certo. Portanto, de modo a evitar equívocos, passo a explicar: a boa e velha Paris, capital francesa, a apenas quatro meses da conferência sobre o clima, que também terá lugar naquela capital, acolheu, a semana passada, uma “cimeira da consciência”.
“Qual o objectivo desta cimeira pré-conferência?”, pergunta o leitor também consciencioso. O objectivo deste encontro é “reunir todas as consciências” de modo a reflectir sobre as alterações climáticas, segundo reza a notícia do Euronews, que termina com um inequívoco muito preciso: “A comunidade internacional quer limitar o aumento das temperaturas mundiais a 2 graus centígrados.”
A palavra-chave é limitar-o-aumento-das-temperaturas. Está lá, surge assim como uma ideia cândida como que saída do TPC de uma dócil criança que frequenta uma qualquer escola do ensino básico e faz lembrar o programa eleitoral com que o PS se apresenta às próximas legislativas quando, na página 66, se propõe “garantir a sanidade animal”.
Dada a placidez com que ambas as ideias foram lançadas, estamos perante algum distúrbio das capacidades cognitivas; um sonho pueril manifestado numa dislexia comum à esquerda; ou foi a dócil criança do ensino básico que escreveu os dois roteiros?
Blogger
Escreve à terça-feira