Ex-presidente de empresa de energia brasileira preso por suspeita de suborno

Ex-presidente de empresa de energia brasileira preso por suspeita de suborno


A Eletrobras ainda não comentou o sucedido.


O ex-presidente da Eletronuclear, empresa brasileira para operação de centrais termonucleares, almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, foi preso esta terça-feira na nova fase da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção na petrolífera Petrobras.

A Eletronuclear é uma das subsidiárias da Eletrobras, empresa de geração, transmissão e distribuição de energia de economia mista, mas controlada pelo Governo brasileiro.

Pinheiro da Silva é acusado pela Polícia Federal de ter recebido 4,5 milhões de reais (1,19 milhão de euros) em subornos, segundo a imprensa local.

As suspeitas contra o almirante foram obtidas através de depoimentos de outro acusado, Dalton Avancini, ex-presidente da construtora Camargo Corrêa, que fez um acordo com a Justiça para prestar informações em troca de uma possível redução de pena.

A Polícia Federal investiga se os contratos assinados por construtoras com a Eletronuclear, para a construção de Angra 3, a terceira de centrais nucleares localizadas no estado de Rio de Janeiro, tenham sido resultado de adjudicações fraudulentas e se houve pagamento de subornos a funcionários da empresa, assim como ocorreu na contratação de outras construtoras pela Petrobras.

A Polícia e a Procuradoria realizaram esta terça-feira a 16.ª fase da Operação Lava Jato, que resultou em 23 mandados de busca e apreensão, cinco de condução de suspeitos e testemunhas para depoimento obrigatório e dois de prisão temporária, nas cidades de Brasília, Rio de Janeiro, Niterói (na região metropolitana do Rio de Janeiro), São Paulo e Barueri (região metropolitana de São Paulo).

Além de Pinheiro da Silva, também foi detido um executivo da construtora Andrade Gutierrez, Flávio Barra, que representou a empresa no consórcio da central termoelétrica de Angra 3.

Pinheiro da Silva negou ter recebido pagamentos indevidos quando se afastou do cargo de presidente da Eletronuclear, em Abril deste ano.

A Andrade Gutierrez informou estar à disposição da Justiça e a acompanhar a nova fase da operação Lava Jato, citada pela imprensa brasileira.

Lusa