Depois de segunda-feira negra, bolsa de Xangai continua em terreno negativo

Depois de segunda-feira negra, bolsa de Xangai continua em terreno negativo


A queda da praça de Xangai esta segunda-feira, descrita na imprensa oficial como “um colapso”, foi a maior registada num único dia desde Fevereiro de 2008.


Um dia depois da mais acentuada queda do mercado de capitais chinês nos últimos oito anos – chegou a escorregar 8,5% -, a bolsa de Xangai fechou esta terça-feira a cair 1,68%.

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O Índice Composite de Xangai, que abriu a sessão a perder 4,09%, recuperou ligeiramente ao longo do dia, mas acabou por fechar em terreno negativo, a valer 3.663 pontos. Na bolsa de Shenzhen, de menor dimensão, as acções também caíram (1,41%) naquela que já é a terceira sessão de perdas consecutiva.

Desde quinta-feira passada, dia 23 de Julho, a bolsa chinesa já perdeu cerca de 12%, interrompendo uma semana em terreno positivo.

A queda registada na sessão de ontem (8,48%) foi descrita pela imprensa oficial como "um colapso” e alguns analistas citados pela “Bloomberg” apontaram-na como sendo comparável ao crash da bolsa de Nova Iorque em 1929, tendo sido a maior registada num único dia desde Fevereiro de 2008. No entanto, o facto de apenas 15% das empresas chinesas estarem cotadas, leva a que o reflexo do comportamento das bolsas na economia real não seja comparável ao que poderia acontecer na Europa ou nos Estados Unidos da América se uma perda desta envergadura fosse registada.

Os receios, no entanto, centram-se no abrandamento da economia chinesa, numa altura em que o gigante asiático dá sinais de poderá reduzir significativamente as importações e virar-se sobretudo para o consumo interno. Esta mudança de estratégia terá impactos na economia global, tendo em conta as relações da China com os restantes blocos económicos.