O lançamento de qualquer tipo de ‘foguetão’ por parte da Coreia do Norte será visto pela comunidade internacional como a dissimulação do teste de um míssil balístico e resultará na imposição de novas sanções ao país.
Inquirido pela imprensa sobre a possibilidade de testes de um novo míssil em Outubro, o embaixador Jang Il Han disse que no dia 10 de Outubro se comemora o 70.º aniversário da fundação do governante Partido dos Trabalhadores.
“Estou certo de que teremos grandes e grandiosas celebrações”, declarou o diplomata numa rara conferência de imprensa realizada na missão permanente da Coreia do Norte nas Nações Unidas.
Encarregado das relações com os Estados Unidos, o embaixador disse que o seu país é “livre de fazer o que quiser”.
“Já dissemos anteriormente que responderemos à dissuasão e pressão militar dos Estados Unidos com modernização e expansão e reforço do nosso poder nuclear”, frisou.
“Por isso, não excluo a possibilidade de fazermos uma destas coisas, mas não estou em posição de afirmar com confiança que irá acontecer”, acrescentou.
De acordo com uma fonte governamental não nomeada, a Coreia do Norte terminou as obras num dispositivo de 67 metros com capacidade para o lançamento de um foguetão com o dobro do tamanho do Unha-3, de 30 metros, lançado em Dezembro de 2012.
O lançamento do Unha-3 foi condenado de forma generalizada no Ocidente como teste de um míssil balístico e desencadeou novas sanções da ONU.
A Coreia do Norte está proibida, nos termos de resoluções do Conselho de Segurança, de efectuar qualquer lançamento utilizando tecnologia de mísseis balísticos, embora repetidos testes de mísseis de curto alcance tenham sido feitos sem que houvesse punição.
Lusa