Lisbeth Salander está de volta e agora o alvo é a agência de segurança dos EUA

Lisbeth Salander está de volta e agora o alvo é a agência de segurança dos EUA


“A Rapariga na Teia de Aranha” marca o regresso da hacker mais famosa da literatura, agora pelas mãos do escritor David Lagercrantz. O livro é lançado em Agosto.


Quando Stieg Larsson escreveu a trilogia “Millenium” criou uma heroína para o século XXI. Lisbeth Salander, uma mulher marcada por uma infância traumática, um pai violento, uma juventude passada numa instituição psiquiátrica e a violação pelo tutor, converte-se numa poderosa investigadora privada, graças aos seus profundos conhecimentos informáticos e à preciosa aliança com o jornalista Mikael Blomkvist. Esta é a versão abreviada. Para conhecer bem a complexidade da personagem, nada como ler os livros, ou então ver os filmes (na versão sueca com Noomi Rapace no papel da hacker, ou na versão americana, com Rooney Mara, a que ainda faltam dois filmes para ficar completa).

Apesar da morte do seu criador, em 2004, a personagem continua a escrever a sua história, agora pelas mãos do também sueco David Lagercrantz, autor da biografia do jogador de futebol Zlatan Ibrahimovic. 

Lisbeth Salander regressa no livro “A Rapariga na Teia de Aranha” (numa tradução livre a partir do título em inglês “The Girl in the Spider’s Web” ), com lançamento previsto para 27 de Agosto. Alguns pormenores da obra foram entretanto revelados pela MacLehose Press, editora britânica do livro. O novo volume dá seguimento à história de Salander e Blomkvist, partindo do último volume da trilogia, “A Rainha no Palácio das Correntes de Ar”. 

O novo capítulo da saga começa com o “reputado cientista sueco professor Balder” a contactar o jornalista, pedindo-lhe que publique a sua história, refere a editora, citada pelo “The Guardian”. Trata--se da revelação de um assunto sensível, numa história que volta a envolver a Säpo, a polícia secreta sueca, mas não só. No novo livro Salander tenta entrar no sistema informático da agência norte-americana de segurança, a NSA, “uma loucura motivada pelo desejo de vingança, com a todas as consequências possíveis”, explica a editora. Lisbeth terá ainda de lidar com um implacável gang cibernético, os Aranhas. 

A adrenalina parece estar garantida no novo livro, cuja escrita esteve envolvida em secretismo. Lagercrantz usou um computador sem ligação à internet e entregou o manuscrito em mãos à editora sueca, que distribuiu apenas uma cópia às suas congéneres internacionais.