Enquanto júnior do FC Porto, os calções dos iniciados ficam-lhe grandes.
Já sénior, é motivo de chacota por parte dos dirigentes do Covilhã a julgar pelos sorrisos amarelos e piadas sem graça: "Olha, o FC Porto enganou-se e mandou-nos um juvenil."
Com 1,56 metros de altura, o “piccolo” Rui Barros é grande. Num Itália-Portugal (0-0), de qualificação para os JO Seul-88, o seleccionador Dino Zoff fica boquaiberto com a vivacidade do portista.
Quando vai treinar a Juventus, sugere a contratação do português. A 22 de Julho, o português é apresentado em Turim, na Via Filadelfia, bloqueada por cinco mil adeptos da Juve, que o baptizam de Formiga Atómica.
A transferência vale 630 mil contos para o FC Porto, o mesmo valor de Futre para o Atlético Madrid, no ano anterior.
Marca 19 golos em 95 jogos e levanta Taça de Itália mais Taça UEFA antes de sair dois anos depois, acusado pelo presidente do clube de não se ver da tribuna VIP. Que pequenino, o Giovanni Agnelli.