O antigo primeiro-ministro britânico, Tony Blair, pediu aos militantes do Partido Trabalhista para não deixarem o partido adoptar uma ideologia de esquerda, semelhante à que vigorou a partir de 1980 que originaram sucessivas derrotas eleitorais.
Na primeira intervenção pública desde o início da campanha eleitoral para as eleições internas, o ex-chefe de governo disse que “perdemos as eleições legislativos porque nos afastámos dos valores modernos”.
Tony Blair alerta os trabalhistas para não votarem em Jeremy Corbyn porque representa uma antiga plataforma de esquerda que só protesta contra os cortes efectuados pelo governo liderado por David Cameron. O candidato respondeu que “a austeridade é uma escolha política e não uma necessidade económica”, tendo rejeitado que seja o preferido pelo Partido Conservador para ocupar a liderança dos trabalhistas.
As críticas feitas a Jeremy Corbyn não favorecem nenhum dos restantes três candidatos porque Tony Blair não vai apoiar publicamente qualquer concorrente.
Uma sondagem divulgada pelo “The Times” revela que Jeremy Corbyn está na frente para suceder a Ed Miliband com 43%. O candidato apontado como favorito por alguns especialistas, Andy Burnham, tem 26%. No terceiro lugar fica Yvette Cooper na casa dos 20% e Liz Kendall regista 11%.
