A informação está a ser avançada pelos meios de comunicação internacionais. O Banco Central Europeu, liderado por Mario Draghi, vaai reunir com o sistema bancário grego na agenda, um sinal de que poderá voltar a aumentar a Linha de Liquidez de Emergência aos bancos gregos. Na semana passada, a instituição aumentou o financiamento em 900 milhões de euros, mas os bancos helénicos atravessam graves problemas de liquidez, sobretudo depois de três semanas de portas fechadas e com a economia em constante degradação.
Esta manhã Alexis Tsipas reuniu com o sector bancário grego para discutir a situação, e os responsáveis avisaram que é preciso estabilizar a economia o mais rápido possível. Enquanto reunia com os responsáveis da banca, decorria já no Parlamento grego o debate sobre as medidas que os deputados têm que aprovar hoje. Uma delas é, precisamente, sobre a banca: o governo tem que legislar a directiva que permite aplicar medidas de resolução aos bancos e que rege as regras das ajudas à banca.
Só depois do dia de hoje é que os credores começarão oficalmente as negociações com Atenas para um terceiro resgate ao país. Espera-se que tudo esteja fechado até ao dia 20 de Agosto, e que o Executivo helénico possa receber desde logo parte do financiamento total de 86 mil milhões de euros.
Para isso, Tsipras tem que garantir que a oposição o apoia, numa altura em que parte dos deputados do Syriza discordam da linha adoptada pelo primeiro-ministro grego. Na semana passada, 32 deputados do partido do poder votaram contra o programa de austeridade, sendo que mais de metade do Comité Nacional do Syriza está contra o acordo com os credores.
Desde essa altura que se fala na possibilidade de haver eleições antecipadas na Grécia, provavelmente em Setembro. As últimas sondagens mostram, no entanto, que se o país fosse agora a votos, Tsipras ganharia com maioria absoluta.