No final da semana passada, a temperatura na cidade do Kuwait ultrapassou os 50 graus. Para quem está habituado a máximas de 30 e poucos graus numa Europa com clima ameno, este pode parecer um número digno de recorde, mas não para este país. No último Verão, a temperatura no Kuwait chegou aos 52 graus, com uma temperatura média de 44 graus entre Junho e Agosto.
Nestas alturas, as ruas ficam desertas e os habitantes refugiam-se nos escritórios com ar condicionado ou em shoppings, tendo em conta a falta de espaços frescos ao ar livre.
Já ninguém tira ao Kuwait um lugar cimeiro no ranking das cidades mais quentes do planeta, mas existem algumas que não ficam muito atrás, até porque se juntam outros factores que tornam o calor ainda mais insuportável para a população. Ahvaz, no Irão, vive com temperaturas que facilmente ultrapassam os 50 graus, às quais se juntam níveis de poluição que fazem com que o ar durante o dia tenha um tom sépia. Quem lá vive garante que o ar é quase irrespirável nos dias mais quentes, numa junção de emissões poluentes das fábricas, poluição do trânsito e tempestades de poeira.
Mesmo sem recorrer a gráficos de temperatura, as notícias dos últimos tempos dão conta de um número cada vez maior de ondas de calor, que afectam cidades com uma forte densidade populacional. O calor e o aglomerado de pessoas são dois factores que resultaram, por exemplo, em 780 mortes na cidade paquistanesa de Karachi e em mais de 2500 mortes na Índia, país que viveu com temperaturas acima dos 45 graus durante várias semanas.
